Em primeira mão: uma pessoa acima de qualquer suspeita pode estar por trás do assassinato do policial militar Jacob Vieira da Silva, 62 anos, encontrado morto na semana passada dentro de um poço, em uma chacara localizada no Parque Estrela Dalva 3, na Cidade Ocidental (GO). Ao longo de quase 20 dias, fontes policiais descobriu a identidade dos dois suspeitos de participação no crime: Bruno Oliveira Ramos, filho de criação de Jacob, e o sócio dele, Mateus da Silva Nascimento, 26 anos. A polícia, no entanto, não informou se os dois são considerados foragidos.
Bruno é filho da ex-mulher de Jacob e, por anos, auxiliou o padrasto nos negócios, principalmente nos assuntos relacionados a uma empresa de transporte escolar. Bruno articulou um plano de mobilidade que previa a concessão de 20 micro-ônibus para rodar na Cidade Ocidental. Para isso, Bruno deveria a Jacob um valor de quase R$ 600 mil emprestado. Desse valor, Jacob transferiu ao menos R$ 300 mil ao enteado. Seria uma forma de encerrar a parceria com o pai e alavancar o próprio negócio.
No negócio com o padrasto, Bruno era braço-direito do PM e atuava como dono de ao menos um ônibus e uma linha. “Ele (Jacob) cedeu uma ou duas linhas ao Bruno. Por mês, ele tirava quase R$ 30 mil, por aí. Quem trabalha lá, geralmente fica com essa função de ser dono de uma, duas ou três linhas”, contou um familiar que preferiu não se identificar.
Nas Eleições de 2020, Bruno tentou uma vaga como vereador da Cidade Ocidental pelo partido Podemos, mas recebeu 225 votos e não conseguiu se eleger. Uma fonte ligada à Câmara Municipal informou que Bruno buscava valores financeiros para participar das eleições do ano que vem, inclusive, se articula para assumir como vereador ainda neste mandato.
Mateus da Silva é sócio de Bruno e também considerado suspeito do crime. uma ocorrência registrada na Delegacia da Cidade Ocidental, em que aponta fortes indícios de que Mateus teria sido a última pessoa a estar com Jacob.