Desde outubro de 2022, a intervenção terapêutica acontece na instituição
As crianças nem dormem esperando a chegada do cavalo. Assim é descrita a equoterapia, trabalho realizado no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP). Nele, pacientes recebem visita da cavalaria da Polícia Militar de Goiás (PMGO) uma vez por mês.
Desde outubro de 2022, a intervenção terapêutica acontece na instituição. Nesta quinta-feira (30/1), os pacientes receberam mais uma vez a visita da equipe. A égua Luziania chegou por volta das 7h da manhã na unidade para a alegria das crianças, dos adultos e dos idosos que estão em tratamento no HMAP. Ele está sempre acompanhado pela guarnição, que não encontrou palavras para descrever a sensação de estar ali. “Uma sensação muito boa, a gente vai de bom coração ajudar. Ver as pessoas emocionadas é uma sensação indescritível”, afirmou o Tenente Matheus, da Cavalaria de Comando.
Na visita deste mês, a dona Benedita Barbosa comemorou 70 anos de idade e ganhou parabéns dos policiais junto com o cavalo Luzianio. Ela está na UTI e saiu só para receber as felicitações. “Eu não esperava que eles fossem fazer essa surpresa para mim, fiquei muito feliz. Foi maravilhoso, os meninos são muito atenciosos e eu fiquei muito alegre”.
Equoterapia no HMAP
Segundo a Associação Nacional de Equiterapia, o trabalho é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação. A fisioterapeuta Adma Soares afirma que o tratamento vem se mostrando muito eficaz no fortalecimento muscular, melhoria da postura, coordenação motora, e, principalmente, na confiança dos pacientes.
“A equoterapia usa o corpo inteiro, trabalha a conscientização corporal, força muscular, relaxamento, ganho de coordenação motora e equilíbrio. Além disso, existem os ganhos psíquicos, incluindo a confiança”.
Pacientes andam à cavalo durante a atividade
Durante a atividade, os pacientes podem interagir com os animais do lado de fora da unidade, inclusive andando com eles. Todos os pacientes que têm contato com o cavalo são liberados pelo setor de controle de infecção. Isso significa que não são todos os que podem participar das atividades.
Aqueles que possuem algum tipo de doença infecciosa não podem participar desta maneira. “O controle de infecção hospitalar ajusta os pacientes elegíveis. Os pacientes que possuem alguma bactéria não podem tocar nos animais, mas podem ver”, ressalta a fisioterapeuta.
Algumas pessoas têm medo ou algum tipo de trauma com os animais. Por conta disso, um curso de equiterapia foi realizado pela equipe do hospital com os pacientes. Segundo a unidade, os pacientes são preparados de forma antecipada antes da chegada do cavalo.