Bem-vindo – 16/10/2025 15:40

Esquema de manipulação de jogos movimentou R$ 11 milhões em vários estados

Com dinheiro de financiadores, grupo realizava apostas nas casas de apostas online, com a certeza do resultado combinado com os clubes. Delegado disse que altos valores eram oferecidos para cada clube.

esquema de manipulação de jogos que movimentou R$ 11 milhões em vários estados era articulado por três núcleos de atuação: os financiadores (empresários e apostadores), os aliciadores e os profissionais do esporte (jogadores, técnicos e presidentes e outros), informou a Polícia Civil. O delegado responsável pela investigação Eduardo Gomes explicou que o aliciador que oferecia altos valores em dinheiro para cada clube que topasse a participar do esquema, informou a Polícia Civil.

A polícia não divulgou os nomes suspeitos que integram o grupo investigado na operação, “Eles pegam os valores investidos pelos financiadores e com a certeza de que o resultado vai acontecer, realizam grandes apostas nas casas de apostas online, tendo um retorno até três vezes maior que o valor investido”, diz o delegado.

Segundo o delegado, o aliciador ofereceu quantias elevadas para que o ex-presidente do clube de futebol, Goianésia, interferisse em partidas do próprio time no campeonato goiano, ou que conseguisse algum time goiano que disputasse a série D do campeonato brasileiro.

O esquema foi descoberto após um dos aliciadores tentar convencer o então presidente do Goianésia Esporte Clube, Marco Antônio Maia, a participar do esquema, sem saber que ele também era delegado.

Intitulada “Jogada Marcada”, a operação da Polícia Civil de Goiás foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (9) ao cumprir 16 ordens judiciais contra grupo suspeito de manipular resultados em partidas de futebol. Ao todo, foram expedidos nove mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária.

Entre os investigados, estão jogadores, treinadores e dirigentes de clubes. Um ex-jogador envolvido é considerado foragido, segundo a corporação.

Entre os presos, a polícia revelou que está o ex-árbitro de futebol Dguerro Batista Xavier, preso em João Pessoa. Os outros presos são um ex-presidente de um clube que recebeu R$ 200 mil para participar do esquema, dois ex-jogadores e dois aliciadores.

Um empresário de Goiás também está entre os alvos, mas a polícia não forneceu mais detalhes sobre ele até a última atualização desta reportagem para não comprometer as investigações.

A operação foi realizada em diferentes estados, como Espírito Santo, Paraná, Maranhão, Ceará e Pernambuco. A operação é conduzida pelo Grupo Antirroubo a Banco (GAB), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

 

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