O crime foi cometido sob a promessa de que, ao receber uma suposta herança milionária, uma das suspeitas compraria residência para a vítima

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu uma estelionatária que aplicava golpes financeiros em Planaltina. Conhecida a estelionatária Patricia Coutinho Pereira, de 34 anos (foto em destaque), foi detida durante a Operação Dama da Herança, na manhã desta quarta-feira (26/2).
Os policiais civis da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina-DF) cumpriram dois mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e uma medida cautelar diversa da prisão contra duas mulheres de 34 anos, investigadas por aplicar o conhecido “Golpe da Falsa Herança”.
As investigações apontam que, entre junho e agosto 2024, as investigadas obtiveram vantagem ilícita ao induzir ao erro uma vítima de 52 anos, causando-lhe um prejuízo de R$ 17 mil. O crime foi cometido sob a promessa de que, ao receber uma suposta herança milionária, uma das suspeitas compraria uma residência para a vítima.

Como funciona o “Golpe da Falsa Herança”
Esse tipo de fraude segue um padrão específico de abordagem e é estruturado em quatro etapas principais: Primeiro contato – O golpista informa à vítima que ela foi nomeada como beneficiária de uma suposta herança milionária, de um parente distante ou de alguém com o mesmo sobrenome. Documentação falsa – Os criminosos apresentam documentos fraudulentos, como testamentos, certidões de óbito e correspondências de advogados, elaborados para parecerem autênticos. Cobrança de taxas – A vítima é então informada de que precisa arcar com supostos custos administrativos, impostos ou honorários advocatícios para liberar o montante da herança. Escalada do golpe – Após o primeiro pagamento, os golpistas continuam exigindo novas quantias, alegando a necessidade de cobrir taxas inesperadas ou pendências burocráticas.
De acordo com a corporação, uma das investigadas já é velha conhecida da Polícia Civil do Distrito Federal, com diversas ocorrências registradas por estelionato. A mulher, que se especializou em golpes financeiros, é conhecida no meio policial como “Loba do Tinder”, em referência às fraudes que aplicava em sites de relacionamento, enganando vítimas com promessas falsas e se apropriando de quantias expressivas em dinheiro.