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Ex-deputado Tatico é solto após ser preso em operação contra apropriação ilegal de fazendas; filho segue detido

Segundo Polícia Civil do DF, decisão judicial previa que ex-parlamentar, de 81 anos, permanecesse preso apenas no período necessário para coleta de provas. Investigação apura crimes de associação criminosa e falsidade ideológica, entre outros; defesa diz que Tatico foi ‘vítima’.

Empresário e ex-deputado Tatico — Foto: TV Globo/ReproduçãoEmpresário e ex-deputado Tatico — Foto: TV Globo/Reprodução

O empresário e ex-deputado federal e distrital José Fuscaldi Cesilio, mais conhecido como Tatico, foi solto na tarde de terça-feira (21), após ser preso durante a operação Looping 2, da Polícia Civil do Distrito Federal, que apura uso de documentos falsos e apropriação ilegal de fazendas no Entorno.

Segundo a Polícia Civil, a ordem judicial que permitiu a medida previa a prisão de Tatico apenas no período necessário para coleta de provas. Além disso, afirma que o ex-parlamentar, de 81 anos, é idoso e inspira cuidados médicos. O filho dele, Alessandro José Cesilio, também foi detido e deve passar por audiência de custódia nesta quarta (22).

A operação cumpriu oito mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Os crimes investigados são falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho possessório e associação criminosa.

A defesa de Tatico e do filho diz que eles foram “vítimas” de fraudadores. Segundo a defesa, após prestar informações, o ex-parlamentar “foi sumariamente liberado pela autoridade policial e já se encontra nos seus aposentos”.

“Isso confirma a absoluta falta de justa causa das medidas segregadoras, sobretudo, a inapelável inexistência de qualquer prova da materialidade ou indícios capaz de justificar o visível abuso de autoridade do comando judicial, de modo que comprova também a inexorável condição de vítima dos fraudadores”, diz a nota da defesa.

Investigações sobre esquema

Policial conduz um dos presos na operação Looping 2, da Polícia Civil do DF — Foto: TV Globo/ReproduçãoPolicial conduz um dos presos na operação Looping 2, da Polícia Civil do DF

Entre os detidos na operação estão ainda o chefe de um escritório de advocacia e um servidor federal, que também atua como tabelião. Todos são suspeitos de participar de um grupo que usava documentos falsos para se apropriar ilegalmente dos imóveis, um deles avaliado em R$ 15 milhões.

Durante o cumprimento das ordens, as equipes apreenderam aparelhos celulares, dispositivos eletrônicos, documentos diversos e R$ 35 mil em espécie.

Segundo as investigações, a quadrilha atuou entre 2014 e 2020. A apuração começou em 2021, logo após a realização da operação Looping pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e Fraudes (Corf).

Os investigadores afirmam que a primeira etapa apurou que um grupo criminoso, composto por empresários, um advogado e um antigo tabelião de um cartório de Limeira (MG), havia falsificado documentos, dentre eles uma certidão da Terracap, e invadido uma grande área pública, que foi dada como garantia de um empréstimo.

Segundo a polícia, a partir de então, os investigadores descobriram que esse mesmo tabelião, que foi afastado por irregularidades em 2015, tinha produzido outra procuração falsa.

Policial carrega materiais apreendidos na operação Looping 2, da Polícia Civil do DF — Foto: TV Globo/ReproduçãoPolicial carrega materiais apreendidos na operação Looping 2, da Polícia Civil do DF

 

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