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Ex-funcionário matou “patroa” com pelo menos 36 facadas dentro de prostíbulo por dívida de R$ 300

MP decidiu oferecer a denúncia por homicídio triplamente qualificado, já que o acusado agiu por motivação torpe, de forma cruel e por meio que impediu que a vítima pudesse se defender, com um ataque “de surpresa”, em Rio Verde

Ministério Público de Goiás (MPGO), em Rio Verde, denunciou à Justiça o homem de 39 anos, nome não divulgado, acusado de matar Katherine Liliana Rojas Torres, sua ex-patroa, com pelo menos 36 facadas em um prostíbulo em Rio Verde (232 km da Capital).

O crime ocorreu em 27 de abril deste ano, na casa noturna que pertencia à vítima, local em que o denunciado trabalhou por um tempo. A motivação do crime seria dívida que gira em torno de R$ 300. Segundo a denúncia, Katherine e o acusado se desentenderam, em razão de dívida de um seguro veicular. Ela também devia a diversas outras pessoas, inclusive à esposa do denunciado, que também já havia trabalhado na boate.As dívidas da vítima giravam em torno de R$ 300,00 com cada credor.

De acordo com a ocorrência, no dia do assassinato, a vítima estava na boate realizando atendimento, como de costume, quando o ex-funcionário entrou no estabelecimento e aplicou mais de 30 golpes de faca em diversas partes do corpo de Katherine. Ela morreu no local antes mesmo que pudesse ser socorrida, enquanto o acusado fugiu.

De acordo com o promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi de Paula Rodrigues, que responde pela 11ª Promotoria de Justiça de Rio Verde, o homem, ao cometer o crime, agiu por motivo torpe, pois a vítima lhe devia dinheiro. Também agiu com crueldade, dado o número de golpes, o que causou sofrimento brutal e desnecessário em Katherine.

Por fim, ainda segundo o promotor, o acusado lançou mão de recurso de dificultou a defesa de Katherine, que, desarmada, foi pega de surpresa, sem chance de se defender do ataque.

Ante o exposto, o MP decidiu oferecer a denúncia por homicídio triplamente qualificado, crime previsto no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (motivo torpe), III (meio cruel) e IV (mediante recurso que dificultou a defesa da ofendida), do Código Penal.

O denunciado foi capturado quase um mês depois do homicídio e está atualmente preso temporariamente na Unidade Prisional de Rio Verde. O promotor também pediu que a prisão temporária seja convertida em prisão preventiva já que existem fortes indícios de que ele possui antecedentes criminais por formação de quadrilha e receptação.

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