Gilson Machado é investigado por supostamente tentar obter passaporte português, em maio, para o tenente-coronel Mauro Cid
Ex-ministro do Turismo da gestão Bolsonaro (PL), Gilson Machado, foi preso em Recife, Pernambuco, nesta sexta-feira (13). A prisão foi divulgada pelo blog da jornalista Andreia Sadi. Machado está sob investigação por supostamente auxiliar o ex-ajudante de ordens Mauro Cid a obter um passaporte português. As autoridades investigam se o objetivo era permitir que Cid deixasse o Brasil em maio deste ano.
A investigação focada em Machado faz parte de um inquérito mais amplo que busca esclarecer o envolvimento de ex-membros do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em atividades ilegais relacionadas à obtenção de documentos de viagem. A suspeita é que esses atos visassem facilitar a fuga de investigados para o exterior. Gilson Machado, conhecido por sua proximidade com Bolsonaro, nega as acusações. Detalhes sobre a operação de prisão ainda estão sendo divulgadas.
Um dia antes de sua prisão, na quinta-feira (12), Gilson Machado foi visto em Natal, Rio Grande do Norte, acompanhado do ex-presidente Bolsonaro, como parte da agenda “Rota 22”. Essa iniciativa tem o objetivo de fortalecer o apoio ao Partido Liberal (PL) no Brasil, com foco especial na região Nordeste. A visita a Natal ocorreu apenas 40 dias após Bolsonaro ter se submetido a uma cirurgia de emergência.
Nas redes sociais, o ex-ministro evidenciou seu entusiasmo com a visita de Bolsonaro a Natal, postando:
“Deus sempre age no propósito do que é melhor para cada ser humano e para o nosso país”. A mensagem reflete a continuação de uma estreita aliança entre Machado e Bolsonaro, apesar das recentes turbulências políticas.
A prisão de Gilson Machado gerou diversas reações no cenário político. Parlamentares e líderes de opinião de diferentes espectros políticos demonstraram preocupação com as acusações e destacaram a importância do devido processo legal em investigações de alto perfil. Esta prisão poderá ter impactos significativos no andamento da agenda pro-Bolsonaro, especialmente no Nordeste.
