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Exame de “sanidade mental” aponta que advogada que matou família do ex “era plenamente capaz” de entender que estava cometendo crime

O laudo destaca que Amanda Partata agiu de forma organizada e planejada para cometer o crime e, inclusive, tomou cuidados para que os homicídios não fossem descobertos.

Exame de insanidade mental revelou que Amanda Partata Mortoza, advogada de 31 anos acusada de matar o ex-sogro e a mãe dele por envenenamento, tinha plena consciência do crime que estava cometendo quando ofereceu alimentos contaminados às vítimas.

O laudo, obtido com exclusividade pela TV Anhanguera, destaca que Amanda agiu de forma organizada e planejada para cometer o crime e, inclusive, tomou cuidados para que os homicídios tentados e consumados não fossem descobertos.

“Nosso entendimento é que a periciada (Amanda) era plenamente capaz de se determinar sobre seus atos. Em seus atos, claramente, podemos observar características de planejamento, premeditação e os cuidados para que sua intenção de cometer o ato ilícito não fosse descoberto”, dizem trechos do laudo.

A realização do exame foi um pedido da defesa de Amanda, ao qual a Justiça aceitou no início do mês de abril. O exame foi realizado pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás. Além de entrevistar Amanda, os médicos também ouviram a mãe dela, para entender como era o comportamento da advogada desde a infância.

A conclusão é que, a partir do ponto de vista psiquiátrico forense, ela não apresenta qualquer limitação cognitiva, retardo mental, além de também não ter sido identificado qualquer evidência de doença mental.

O resultado do exame será anexado ao processo e Amanda deve continuar respondendo ao processo de duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio. A defesa de Amanda ainda não se pronunciou sobre o resultado do exame. A data do julgamento ainda não foi definida.

Entenda o caso

Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, morreram após terem sido envenenados com bolos de pote. A motivação dos homicídios se deu pelo sentimento de rejeição dela com o fim do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo. Investigações indicam que a advogada tinha vontade de causar no ex o maior sofrimento possível.

O envenenamento aconteceu no dia 17 de dezembro de 2023, quando Amanda foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. Conforme as investigações, como a denunciada fingia que estava grávida do filho de Leonardo, era bem aceita na família.

Antes do crime, segundo as investigações, a advogada comprou 100 ml de um veneno e aplicou em dois bolos de pote. A quantidade, conforme a perícia, é suficiente para matar várias pessoas. Amanda também pesquisou na internet por “qual exame de sangue detecta” o veneno, “tem como descobrir envenenamento” e se a substância que ela colocaria nos potes tinha gosto.

Em depoimento, o tio do ex-namorado de Amanda, de 60 anos, afirmou que se recusou a comer o bolo de pote oferecido pela advogada porque perderia o apetite para o almoço. Já o marido de Luzia, de 82 anos, disse que não comeu por ter diabetes.

Em depoimento à Polícia Civil, o idoso revelou que a esposa também tinha a doença e que chegou a pensar em pedir que Amanda não desse o doce para Luzia. Mas segundo ele, como sempre foi muito simples, não teve coragem de desagradar a advogada. O idoso também disse que viu a esposa e o filho ‘agonizarem de dor’ após comerem bolos envenenados.

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