Suspeito está detido em Trindade
A Polícia Militar (PM) prendeu um dos suspeitos de envolvimento no golpe do falso sequestro a uma idosa de 78 anos, moradora do setor Jaó, em Goiânia. A prisão ocorreu na madrugada desta sexta-feira (14) e o homem está detido no presídio de Trindade. Esta informação, contudo, foi divulgada nesta tarde.
O homem de 28 anos, que não teve a identidade divulgada, tem passagens por estelionato e associação criminosa. Participaram da prisão equipes da Força Tática do 31° Batalhão e agências de inteligência (CPC2, ALI 31°, ALI 9° e Rotam). As investigações continuam para identificar e prender os demais envolvidos.
Sobre o caso, a idosa de 78 anos foi contactada em chamada de vídeo por falsos sequestradores que diziam estar com a filha dela em cativeiro, por volta das 3h da manhã da última quinta-feira (13). Ela foi convencida a fazer uma transferência de R$ 20 mil e entregar joias (avaliadas em R$ 400 mil) para criminosos. Os fatos narrados constam em boletim de ocorrência.
Segundo a PM, quase todas as joias e o dinheiro foram recuperados. Ao portal, o genro da vítima, o advogado Fernando Ramos, disse que a sogra está muito debilitada. “Ela ficou sendo torturada emocionalmente por horas.”
Ele informou que a idosa tem três filhos. Duas mulheres e um homem. A que teria sido sequestrada mora em São Paulo e já está a caminho de Goiânia. Ele revela, ainda, que a sogra morará com ele e a esposa, neste momento, no Aldeia do Vale, na capital.
Falso sequestro
“Anda, mãe, pega logo as suas joias, eu sei que a senhora tem muitas, entrega logo para me salvar”, apelou a voz feminina do outro lado da linha. A negociação durou aproximadamente sete horas. Quando o banco abriu, a vítima foi orientada a ir até lá fazer um TED de R$ 20 mil. Uma hora depois, ela retornou e deveria depositar novamente a quantia, mas a gerente desconfiou e a impediu.
Contudo, entre uma transferência e outra, a mulher, que mora só, colocou as joias em uma sacola e deixou na porta de casa, entrando sem olhar para trás para que alguém recolhesse a encomenda. Imagens de câmeras de segurança mostram que um homem de camisa azul e óculos escuros pegou os itens. Em seguida, ele “desceu a rua” e entrou em um veículo de cor prata de placa não identificada.
A ligação que ela recebeu tinha o DDD 21. Ela também foi proibida de notificar a polícia a respeito daquele suposto sequestro e foi colocada para ouvir uma voz feminina, que disseram ser da filha sequestrada, como mencionado. A farsa só foi descoberta após a gerente do banco desconfiar.
Os funcionários do banco, então, ligaram a filha da vítima, que estava bem. Informada, ela e os demais familiares da vítima foram à delegacia para tomar as devidas providências. O caso segue em investigação. A advogada Rosana Pimenta Goulart acompanhou todo o processo na delegacia.