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Família de detento responsabiliza governo do DF por assassinato em presídio: ‘assinaram sentença de morte’, diz mãe

Rafael Sanromã Lauande foi morto por outro preso na ala psiquiátrica de presídio feminino, no Gama. Segundo parentes, ele fazia tratamento em clínica particular e foi transferido para sistema penitenciário por decisão da Justiça.

Um detento morreu, nesta terça-feira (11), na ala psiquiátrica do Presídio Feminino do Distrito Federal, no Gama, após uma briga com outro preso. A família de Rafael Sanromã Lauande, de 35 anos, quer que o governo seja responsabilizado pelo crime.

“Ele foi praticamente tirado de uma clínica onde estava sendo tratado para ser levado a uma clínica onde assinaram uma sentença de morte dele. Ele não tinha condições alguma de ficar em uma cela com mais oito ou 10 detentos”, afirmou a mãe de Rafael, Andreia Sanromã.O suspeito de ter cometido o crime foi identificado como Henrique Melo Silva de FariaEle matou Rafael com um golpe no peito, usando um pedaço de vaso sanitário retirado de uma cela. A reportagem aguarda resposta da Secretaria de Administração Penitenciário sobre o caso.

A vítima respondia na Justiça por um furto em 2018, na Universidade de Brasília (UnB). À época, por ter um laudo que comprovava esquizofrenia, ele conseguiu liberdade provisória mediante internação em uma clínica psiquiátrica.

No dia 31 de maio deste ano, a Justiça absolveu Rafael por considerar que a doença impediu que ele tivesse a compreensão do crime. No entanto, na sentença, o juiz Fernando Brandini Barbagalo também determinou que ele fosse internado em um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico por pelo menos um ano.

A decisão foi cumprida na última sexta (7), quando Rafael foi retirado de uma clínica particular em que estava internado e levado para ala psiquiátrica do presídio. Quatro dias depois, ele foi morto.

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