Estabelecimentos eram reincidentes, de acordo com Neoenergia. Irregularidades foram retiradas e responsáveis, conduzidos à delegacia; um deles foi preso.
Uma operação de fiscalização, realizada pela Neoenergia e a 29ª Delegacia de Polícia, identificou duas padarias de uma mesma rede furtando energia elétrica, no Riacho Fundo I, no Distrito Federal. De acordo com a concessionária, a quantidade de energia recuperada seria suficiente para abastecer aproximadamente de 1,4 mil moradias por um mês.
A Neoenergia informa que a energia não medida deve ser cobrada por meio de processo administrativo e que “as irregularidades detectadas foram retiradas, os estabelecimentos regularizados e os responsáveis conduzidos à delegacia para que respondam em âmbito criminal”. Um deles foi preso em flagrante e está detido até a realização da audiência de custódia.
“É importante destacar que essas duas padarias eram reincidentes em ligações de forma irregular”, comunica o gerente de Proteção da Receita da Neoenergia, Luiz Paulo Marinho.
Em novembro, uma padaria na Asa Sul desviou 283.066 de kWh de energia, suficiente para abastecer 1,5 mil casas;
Em setembro e outubro, três estabelecimentos desviaram 1,8 milhões de kWh, equivalente ao consumo de aproximadamente 10 mil residências por um mês;
Em agosto, três estabelecimentos do Gama desviaram 450 mil de kWh de energia elétrica;
Em outra operação, em outubro, um clube da Asa Sul desviou mais de 1,3 milhões kWh, suficiente para abastecer mais de 7 mil casas;
Já a Operação Happy Hour, em julho, um bar foi flagrado furtando energia elétrica equivalente ao consumo mensal de aproximadamente 1,4 mil casas; Em agosto, mais quatro estabelecimentos foram pegos, três deles na Asa Sul e outro em Águas Claras, com desvio de 1.043 milhões de kWh, equivalente ao consumo de 5,8 mil casas.
Operação
De acordo com a Neoenergia, o furto de energia prejudica o fornecimento de energia da região, podendo ocasionar a interrupção do abastecimento. Ainda reforça que os “gatos” representam riscos para a segurança de quem os realiza e da população que frequenta esses estabelecimentos.
A operação “Blackout”, deflagrada na última sexta-feira, é um braço da operação Massa Fresca, realizada no ano passado pela Neoenergia. Segundo a empresa, os alvos foram mapeados por meio de uma análise do centro de inteligência da Neoenergia e de fiscalização em campo.
O furto de energia é previsto no Código Penal e é passível de pena de até a oito anos de reclusão. A distribuidora destaca que o furto de energia “prejudica o fornecimento de energia, podendo causar graves problemas para a rede elétrica e ocasionar a interrupção do abastecimento”.
Denúncias de “gatos” podem ser feitas, de forma anônima, pelo número 116 ou pelo site da Neoenergia.