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Fisioterapeuta, Esposa de delegado no Entorno morre após ter complicação rara no parto

Filha do casal sobreviveu após passar 12 dias na UTI e está com a família em casa. Tayse Martins tinha 38 anos, era fisioterapeuta e morava em Águas Lindas de Goiás.

Fisioterapeuta Tayse Martins morreu após complicação grave na gestação, em Águas Lindas de Goiás — Foto: Cleber Martins/Arquivo Pessoal

A fisioterapeuta Tayse de Sousa Martins, de 38 anos, esposa do delegado regional de Águas Lindas de Goiás, Cleber Junio Martins, morreu na terça-feira (13), após ter a Síndrome de Hellp no dia do parto, uma doença muito rara durante a gestação. A filha do casal, Marcela, sobreviveu e está em casa com a família. “Era uma pessoa espetacular. Vivia para a nossa família, cuidar do nosso filho. Pessoa simples, amorosa e dedicada. Deus nos dará forças”, lamentou Cleber Martins.

 O delegado contou que a esposa fez o parto em um hospital particular de Brasília, no Distrito Federal, na última semana de novembro. Por causa da doença, ela ficou 17 dias internada em tratamento para reverter o quadro clínico, mas não resistiu às complicações. Segundo o delegado, a família está providenciando o local onde será feito o velório e o cemitério onde Tayse será enterrada. Por isso, ainda não foram divulgados o horário e o local das cerimônias. A menina é o segundo filho do casal, que já tem um menino de 11 anos. O delegado relatou que a esposa não teve intercorrências durante o pré-natal e a filha nasceu com 35 semanas de gestação. A bebê chegou a ficar 12 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes de ir para casa.

Doença rara

O obstetra Waldemar Naves do Amaral procurado pela reportagem explicou que a síndrome é rara e geralmente acontece a partir da 5º mês de gestação. A doença provoca uma complicação grave de pressão arterial elevada durante a gravidez, no dia do parto ou até depois. “A placenta para de funcionar por causa da pressão alta e provoca lesões nos rins, fígado e cérebro da mãe e do feto. Uma doença que gera muito sofrimento para a mãe e para o feto, pode levar à morte ou deixar sequelas graves na mãe e no bebê, como neurológicas e renais”, explicou o médico.

De acordo com Waldemar Naves, a cada 100 gestantes em Goiás, seis tem Pré-eclâmpsia, que é a pressão alta durante a gravidez. A doença tem escala de agravamento: leve, grave, Síndrome de Hellp e Eclâmpsia. “A Síndrome de Hellp é menos de 1% dos casos de pré-eclâmpsia graves. As mulheres morrem muito na Hellp e na Eclâmpsia. No momento da síndrome, a pressão fica muito alta, o fígado sofre com necrose e acontece falência da função renal”, esclareceu Waldemar.

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