Agentes fizeram buscas no apartamento de Liliane de Sousa Dantas, em Águas Claras. Ela é investigada por supostamente arquitetar história para desacreditar decisão do Tribunal de Justiça do DF sobre disputa de poder no partido.
Em março deste ano, dois lados disputavam a presidência do Pros. No entanto, por causa de desentendimentos, a disputa foi decidida pela Justiça do DF, que deu a vitória a um dos lados. Quatro meses após a determinação, em julho, um dos desembargadores que votou a favor do lado vencedor foi acusado de receber R$ 5 milhões em propina em troca da decisão. As denúncias chegaram a ser veiculadas por blogs e diziam que o desembargador teria recebido o valor por intermédio da irmã.
Após o caso, o próprio magistrado pediu que o caso fosse investigado pelo Ministério Público. Segundo os promotores, as investigações concluíram que o desembargador e a irmã foram vítimas de uma história arquitetada pela funcionária comissionada, com objetivo de anular a decisão da Justiça sobre a escolha da liderança do partido.
Os investigadores apontam que Liliane teria exigido, após a decisão da Justiça, R$ 80 mil da irmã do desembargador, do novo presidente do Pros e de uma advogada. A ameça, no entanto, não teria sido aceita pelo trio. Ainda de acordo com o Ministério Público, os investigadores continuam o trabalho para identificar outros suspeitos de participação no esquema.
A investigação aponta que a história foi arquitetada pela funcionária para desacreditar uma decisão do Tribunal de Justiça do DF sobre uma disputa de poder no partido. O Tribunal de Justiça do DF também não se manifestou sobre o caso. A investigação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público.
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (16), uma operação que mira supostos crimes de extorsão e falsidade ideológica cometidos por uma funcionária comissionada da liderança do diretório nacional do partido Pros.