Tia afirma que mãe teve uma gravidez saudável e que fez o pré-natal. Secretaria de Saúde diz que acompanha o caso e que a equipe médica seguiu os protocolos.
Um bebê morreu dentro da barriga da mãe após ela ir à maternidade três vezes e ser mandada de volta para casa, em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, denuncia a tia, Vanessa Martins. O pai afirma que estava pronto para receber a filha em casa, mas, por ‘incompetência’, não conseguiu. Polícia investiga o caso. “Nós viemos com tudo para voltar com a nossa filha nos braços e por incompetência deles não conseguimos”, lamentou o pai
O caso aconteceu neste domingo (10), na Maternidade Municipal Aristina Cândida. A Secretaria de Saúde afirma que acompanha o caso e que médicos seguiram os protocolos.
Na madrugada de domingo, a mãe entrou em trabalho de parto e, por volta das 7h, ela e o esposo foram até a maternidade, disse Vanessa. “Ela foi atendida às 8h, quando fizeram o exame de toque que constatou que a Ana Beatriz estava com 3 cm de dilatação e um sangramento, que disseram ser normal”, conta.
Apesar de estar em trabalho de parto e com sangramento, a mãe foi orientada a voltar para casa, ficar andando e voltar às 12h. “Eles só iriam internar ela quando a dilatação chegasse a 5 cm”, detalha. Ao voltar, a dilatação continuava em 3 cm e a mãe foi orientada a voltar para casa, almoçar e voltar às 14h para exames para ver os batimentos do bebê.
Segundo Vanessa, às 14h, Ana Beatriz voltou e, no exame, as médicas viram que os batimentos do bebê estavam acelerados, mas disseram ser normal e pediram para ela voltar às 17h. “Nisso, a Ana Beatriz já estava sangrando desde a primeira ida à maternidade de manhã e eles disseram que era normal por causa do trabalho de parto e do exame de toque”, disse.
Sem dores e contrações, a mãe voltou por volta das 17h. “Chegou na maternidade, ela passou pela pela triagem de novo e, na médica, ela não ouviu os batimentos e mandou um ultrassom de emergência”, revela. Neste momento, as equipes informaram a morte da bebê e fizeram uma cesariana.
“Se tivesse feito a cesariana antes, isso não teria acontecido. Tem mulher que dilata só um pouco e não dilata mais. Se ela estava sangrando, deviam ter colocado ela em observação. Não tinham que mandar ela para casa. A gente confiou, pois eles são os médicos e deviam saber”, denúncia.
Vanessa revela que as equipes do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) suspeitam que a mãe teve descolamento de placenta e infecção de urina e que o cordão umbilical enrolou no pescoço da bebê. Além disso, afirma que a família registrou um Boletim de Ocorrência (BO).