Empresas contratadas para serviços administrativos seriam, na verdade, pessoas físicas e jurídicas ligadas aos responsáveis pelo esquema
Alvos de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta sexta-feira (25/10), os administradores do Parque Granja do Torto (PGT) que atuaram de 2019 até o momento teriam contratado empresas-fantasma durante suas gestões. Foi apurado que uma das empresas investigadas não tem nenhum funcionário registrado.
Os dois sócios receberam R$ 158 mil em 2021 e R$ 409 mil em 2022 para, supostamente, realizar reformas e serviços de engenharia. A sede indicada pelos representantes não tem banner, placa ou algo que indique funcionamento, tampouco espaço para depósito de materiais ou estacionamento de veículos grandes.
Outra empresa investigada era, em tese, responsável por serviços administrativos e por pagamento de pessoal. Essa empresa recebeu R$ 66 mil entre 2022 e 2023. Além de a sede do estabelecimento estar indicada em um imóvel residencial, os gerentes não apresentaram corretamente quais os serviços realizados na prestação de contas, atendo-se a notas fiscais.
A reportagem apurou ainda que, em março, maio e julho de 2022, dois escritórios advocatícios receberam pagamentos duplicados, e que o valor dos serviços dobrou no ano seguinte.
Há também as notas fiscais de um gasto de R$ 226 mil com lanches, refeições e bufê. Os responsáveis também supostamente gastaram R$ 67 mil com doações e brindes; R$ 63 mil com combustíveis e lubrificantes; e R$ 147 mil com honorários advocatícios.