Gleisi Hoffmann, que ocupa um cargo destinado a políticos que pensam antes de agir, decidiu tensionar ainda mais as relações da gestão Lula com governadores

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
“E ninguém ouviu, da parte dos governadores desses quatro grandes estados, uma palavra de agradecimento ao presidente Lula nem de esclarecimento à população. Ao contrário, eles estão entre os que mais atacam o presidente, fazendo oposição sistemática a quem os socorre na hora mais difícil”, escreveu Gleisi.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSB), rebateu, afirmando que a ministra deveria se portar adequadamente no exercício de sua função:
“A pouca habilidade política não surpreende, mas o desconhecimento dela sobre os assuntos, sim. A manifestação da ministra foi totalmente despropositada. Como ministra, deveria prezar pela construção conjunta de soluções para o país e não atacar e ofender governadores. (…) Ela demonstra desconhecimento ao afirmar que o presidente Lula fez pagamentos quando, na verdade, há um contrato firmado com a União para que esses pagamentos sejam honrados”, disse Leite.
A ministra das Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffmann (PT), que ocupa um cargo destinado a políticos que pensam antes de agir, decidiu sair atirando contra o governador Ronaldo Caiado (UB) e outros três chefes de Estado que fazem oposição ao petismo.
Gleisi usou um relatório do Tesouro Nacional, que mostrou que a União pagou, em fevereiro, R$ 854 milhões em dívidas do governo de Minas Gerais, R$ 320 milhões do Rio de Janeiro, R$ 76 milhões de Goiás e R$ 73 milhões do Rio Grande do Sul.