Mulher tem 25 anos e está internada no Hospital do Centro Norte Goiano (HCN), em um leito de UTI

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou, no começo da tarde desta sexta-feira (3), o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol em Goiás: trata-se de uma mulher de 25 anos que mora no município de Itapaci.O caso foi notificado pelo oi notificado pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox). De acordo com a Saúde, a paciente está internada na UTI do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), recebendo todos os cuidados da equipe multidisciplinar.O caso segue classificado como “suspeito” e está em investigação, pois ainda estão sendo realizados exames para confirmar ou descartar a hipótese de contaminação por metanol.
Metanol em Goiás: força-tarefa policial
Em razão dos episódios de contaminação de pessoas pela presença de metanol em bebidas alcoólicas nos estados de Pernambuco e São Paulo, o governador Ronaldo Caiado ordenou, na última quarta-feira (1º), que se faça uma inspeção em distribuidoras de bebidas do Estado de Goiás.
“Determinei na data de hoje (1º) uma grande ação com todas as forças policiais, junto com a área da Secretaria de Estado da Saúde, responsável pelo controle sanitário, para que se faça uma vistoria em todas as distribuidoras, extensivas a todo território do estado de Goiás”, afirmou.
O que é metanol?
O metanol é um produto químico usado em produtos industriais e domésticos, como diluentes, anticongelantes, vernizes e até fluidos de fotocopiadora. Assim como o álcool que consumimos na cerveja, no vinho e nos destilados, o metanol é um líquido incolor com cheiro semelhante ao do álcool encontrado normalmente nessas bebidas, mas muito mais barato de produzir. Isso faz com que ele seja utilizado em bebidas adulteradas.
Dificilmente, será possível perceber a adulteração na hora do consumo, dado que seu gosto e efeito é semelhante ao da bebida não adulterada. No entanto, seus efeitos prejudiciais aparecem apenas horas depois, quando o organismo tenta eliminá-lo. A ingestão de pequenas quantidade pode ser extremamente prejudicial à saúde e alguns “shots” do composto podem ser fatais.
O álcool é metabolizado no fígado. No caso no metanol, este metabolismo cria subprodutos tóxicos chamados formaldeído, formato e ácido fórmico. Eles atacam nervos e órgãos, sendo o cérebro e os olhos os mais vulneráveis, o que pode levar à cegueira, coma e morte.
A toxicidade do metanol está relacionada à dose ingerida e ao organismo. Tal como acontece com o álcool tradicional, quanto menos você pesa, mais você pode ser afetado por uma determinada quantidade.



