Segunda fase da ‘Operação Payback’ foi deflagrada nesta quinta-feira (2). Agentes começaram a cumprir cinco mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quinta-feira (2), a segunda fase da Operação “Payback”, que mira um grupo suspeito de fraudes bancárias. Os agentes começaram a cumprir cinco mandados de prisão, em Planaltina, e cinco mandados de busca e apreensão, em Ceilândia.
A corporação afirma que o esquema movimentou R$ 2,6 milhões. Segundo as investigações, em março deste ano, uma falha no aplicativo de um banco permitiu que o cancelamento de uma transferência por PIX retornasse ao cliente com crédito de valor idêntico, para a mesma conta usada na operação.
Por isso, segundo os investigadores, os suspeitos agendavam PIX já com a intenção de cancelar, e receber o valor do banco. Após a fraude, a Polícia Civil afirma que o dinheiro era transferido para outras contas ou utilizado para o pagamento de boletos e compras diversas.
Segundo os investigadores, alguns dos suspeitos fizeram várias transferências, entre R$ 50 mil e R$ 70 mil, para o pagamento de dívidas e de viagens para o exterior.
De acordo com a apuração, durante o período de falha da plataforma, influenciadores que sabiam do erro usaram a internet para ensinar como cometer a fraude. A Polícia Civil quer descobrir se a falha foi causada por alguém que trabalha na instituição financeira ou por um hacker.
Primeira fase
Na primeira fase da operação, deflagrada em maio deste ano, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e 21 de prisão temporária.
Segundo a Polícia Civil, durante os depoimentos, alguns suspeitos confessaram a prática criminosa e deram detalhes do esquema importantes para a continuidade das investigações. A corporação informou ainda que alguns dos investigados chegaram a devolver os valores desviados.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos podem responder por furto mediante fraude eletrônica, com pena de 4 a 8 anos de prisão, e por associação criminosa, que prevê de 1 a 3 anos de reclusão.