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Governo de Goiás divulga boletim sobre HIV e Aids 2025

Com mais de 29 mil pessoas vivendo com HIV no estado e parte delas fora do cuidado, a SES-GO orienta a população sobre formas de prevenção, importância da testagem e papel essencial do tratamento para evitar a transmissão

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), lançou, nessa segunda-feira (1º/12), o boletim Epidemiologia da Infecção por HIV e Aids em Adultos – 2015 a 2025 em ação alusiva ao Dezembro Vermelho, no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT). Os números mostram que o Estado avançou no diagnóstico oportuno, no tratamento e na redução das mortes, mas reforçam também que a prevenção e o cuidado contínuo precisam ser fortalecidos para interromper a transmissão do vírus.

Entre 2015 e 2025, conforme dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES, Goiás registrou 25.100 casos de HIV e Aids em adultos. A boa notícia é que os casos de Aids, que representam a fase avançada da infecção, continuam caindo, assim como o número de óbitos, que teve redução significativa nos últimos anos. Esse é um reflexo direto do acesso gratuito ao teste e ao tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que transforma a infecção em uma condição tratável e com qualidade de vida.

Apesar dos avanços, os dados mostram que a transmissão do HIV ainda está ativa, especialmente entre pessoas jovens e adultas. O boletim indica que 29.503 pessoas vivem com HIV em Goiás, mas parte desse público ainda não está com acompanhamento regular: 5% não estão vinculados aos serviços de saúde e 15% não iniciaram ou interromperam o tratamento.

“É o tratamento que impede a transmissão do vírus. Pessoas que utilizam a terapia antirretroviral e atingem carga viral indetectável não transmitem o HIV por via sexual”, alerta a subsecretaria de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, ao orientar a população a procurar as unidades de saúde para fazer o teste sempre que houver situação de risco, como relações sexuais sem preservativo, e reforça que o diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento rapidamente, evitar complicações e proteger outras pessoas.

O boletim também destaca que o SUS oferece diferentes estratégias de prevenção, como: profilaxia pré-exposição (PrEP), um medicamento diário para quem tem maior risco de exposição ao HIV; profilaxia pós-exposição (PEP), usada em até 72 horas após uma situação de risco; preservativos internos e externos, disponíveis gratuitamente em unidades de saúde; e testagem rápida e sigilosa, que pode ser feita rotineiramente.

A SES também chama a atenção para o combate ao preconceito. O estigma ainda afasta muitas pessoas dos serviços e dificulta o diagnóstico precoce. “O HIV é uma condição de saúde como qualquer outra, e toda pessoa merece acolhimento, informação e cuidado sem julgamentos”, orienta a coordenadora da vigilância das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), Aids, HIV e hepatites virais da SES, Luciene Siqueira Tavares.

Os dados regionais mostram maior concentração de casos nas regiões Central, Centro Sul, Pirineus, Sudoeste I, Entorno Sul e Sul. A SES continuará ampliando ações educativas, fortalecendo a prevenção combinada e orientando municípios para alcançar quem mais precisa. “Estamos avançando, mas é fundamental que cada pessoa conheça as formas de prevenção, faça o teste regularmente e, se necessário, inicie o tratamento o mais rápido possível. Informação e cuidado salvam vidas”, reforça Luciene.

O boletim completo está disponível para consulta e serve como base para orientar políticas públicas, ações educativas e estratégias de prevenção em todo o estado. https://goias.gov.br/saude/wp-content/uploads/sites/34/boletins/epidemiologicos/dst-aids/2025/Epidemiologia%20da%20Infec%C3%A7%C3%A3o%20por%20HIV%20e%20Aids%20em%20adultos%2C%20Goi%C3%A1s%202015%20a%202025.pdf

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