As prisões dos suspeitos já foram decretadas pela Justiça. A Polícia Civil afirma que quem tiver informações sobre o paradeiro do grupo pode fazer denúncia anônima, pelo telefone 197, ou pela internet.
Grupo é suspeito de aplicar série de golpes no DF
Segundo a delegada Elizabeth Frade, os suspeitos tinham ações coordenadas e cometiam diferentes tipos de crimes, “Eles trabalhavam de uma forma bem organizada e estruturada. Cada um tinha uma função específica. Todos tem vários CPFs em nome próprio e com outros nomes, em outros estados da federação. Mais uma prática comum deles é a utilização de cartões clonados. A gente identificou centenas de cartões”, diz a delegada. Uma das foragidas é Daniela Rodrigues. Segundo a polícia, ela tem, pelo menos, oito Cadastros de Pessoa Física (CPF) diferentes, além de outros registros de identidade em outros estados, com nomes diversos. Os investigadores afirmam que ela é uma das chefes do grupo.
O marido de Daniela, Valter Ferreira, também coordena o bando e possui pelo menos sete CPFs registrados, de acordo com a polícia. Os investigadores afirmam que locadoras de veículos eram alvos frequentes dos golpes da quadrilha. “Eles iam na locadora com um documento falso, ou com o nome de um laranja, e locavam um veículo, sempre de valor alto, por um período longo, de seis meses a um ano. Pagavam a locação com o cartão clonado, e durante esse período, vendiam o veículo”, explica Elizabeth Frade. Os investigadores também localizaram 51 pessoas que, segundo a polícia, foram aliciadas pela organização criminosa e cometeram fraudes contra o INSS para obtenção de benefícios.
Há ainda registros de estelionatos contra instituições financeiras, por meio da contratação de empréstimos consignados. Só com esse tipo de crime, a organização obteve cerca de R$ 3,2 milhões, de acordo com a apuração. Ainda segundo corporação, foram constatados inúmeros crimes de falsificação de documentos e a criação de 16 empresas de fachada, utilizadas para lavagem de dinheiro obtido com os crimes. Elas também eram usadas pra aplicar outros tipos de golpes. “Eles constituíram diversas empresas de fachada, dentre elas, uma agências de viagem. Essas empresas que não existiam, tinham só o nome, vendiam pacotes, diárias, passagem aérea, pela metade do preço. A pessoa que comprava viajava, mas a agência pagava as passagens e hotéis com cartão clonado, e as empresas levavam o prejuízo”, explica.