Parlamentar afirmou ainda que aqueles que deixaram de votar são covardes, pois, o Congresso não tem reajuste salarial há 8 anos
foto : Deputado Federal José Nelto
O deputado federal José Nelto (PP) reagiu a uma reportagem sobre o aumento de salário de R$ 33,7 mil para pouco mais de R$ 46 mil do presidente da República e o vice, ministros e dos próprios parlamentares do Congresso Nacional, afirmando que os deputados que votaram contra “são cafajestes” e deveriam renunciar ao reajuste.
Após a votação, alguns parlamentares goianos foram às redes sociais afirmar aos seus eleitores que são contra a proposta, porém, sem falar em renúncia. Votaram não os deputados Dr. Zacharias Calil (União), Elias Vaz (PSB), Major Vitor Hugo (PL), Glaustin da Fokus (PSC) e João Campos (Republicanos).
“Tem oito anos que não temos aumento para o presidente da República, vice-presidente, ministros, deputados federais e estaduais. A Casa também aprovou aumento [de salário] de todos os servidores públicos. Agora o deputado também tem que ir ao supermercado, comprar gasolina, ou seja, tem uma vida normal como qualquer cidadão comum”, explicou.
Em seguida, Nelto também chamou de “covarde” aqueles que não votaram o projeto, como foi o caso dos deputados Lucas Vergílio (Solidariedade) e Flávia Morais (PDT).
“Deveria renunciar ao aumento. É hipócrita! Quem votou contra poderia fazer um documento renunciando”, concluiu o parlamentar.
A justificativa do deputado goiano é a mesma já informada pelo Congresso Nacional. A Casa afirma que o projeto entra em vigor em 2023 com reajustes que variam de 37,32% e 50%, porcentuais abaixo da inflação, com isso, os acréscimos nos salários serão inferiores à inflação acumulada dos últimos 8 anos. Por ser um projeto de decreto legislativo, não é necessário a sanção do atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
O projeto sugere duas recomposições em 2023. A partir do dia 1º de janeiro, todos receberão R$ 39.293,32. E, a partir de 1º de abril, os vencimentos serão de R$ 41.650,92. Depois disso, os salários serão reajustados anualmente: R$ 44.008,52 em 2024 e R$ 46.366,19 em 2025.
Ainda de acordo com o projeto, deputados e senadores receberão, no início e no fim do mandato, uma ajuda de custo equivalente ao valor do subsídio
