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Jovem fica quatro dias com bebê morto na barriga até conseguir parto induzido em hospital do DF; família denuncia negligência

Chayene da Silva, de 19 anos, tinha pressão alta e diabetes, e foi liberada em dois hospitais públicos da capital. Na data marcada para o parto, bebê estava morto; Secretaria de Saúde diz que analisa possível infração ética.

Uma jovem de 19 anos perdeu o bebê e precisou esperar quatro dias internada, com o filho morto na barriga, até conseguirem induzir o parto, no Hospital Regional de Samambaia, no Distrito Federal. A família acusa a unidade médica de negligência.

Chayene da Silva é moradora de Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, e foi orientada no posto de saúde da cidade a procurar um hospital no DF, por problemas de saúde. Após a passagem por duas unidades públicas da capital e ser liberada, o médico do hospital de Samambaia constatou que o bebê não tinha mais batimentos cardíacos.

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF disse que “cada profissional tem autonomia para seguir a conduta médica que considerar necessária”. A pasta informou que a corregedoria vai avaliar a possibilidade de ter ocorrido alguma infração ética e, caso seja necessário, serão tomadas as devidas providências.

A criança foi retirada na última terça-feira (7). A família registrou ocorrência na 32ª Delegacia de Polícia, Samambaia Sul, que vai investigar se houve negligência médica.

“A gente estava sonhando todos os dias, sonhando com essa criança. A gente entendeu a chegada dessa criança, o primeiro filho. É muito doído o que nós estamos passando. Eu não desejo para ninguém”, lamenta Vanuza da Silva, mãe de Chayene.

Passagens pela rede pública

De acordo com Vanuza, no final da gravidez, um exame apontou que a jovem estava com problemas de pressão e diabetes gestacional. “Assim que a médica ficou sabendo desse problema, imediatamente, pediu para a gente levar para o DF e procurar um hospital”, conta.

Primeiro, a família procurou o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). “Lá, ela foi atendida e a mandaram para casa. Voltamos no posto, dois dias depois, e a médica voltou a reclamar que era para a gente procurar um hospital para poder fazer o acompanhamento do pré-natal lá”, lembra Vanuza.

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