Decisão foi durante audiência de custódia na sexta-feira (11). Walter Leite da Cruz estava dentro de casa quando foi atingido no pescoço; sepultamento do segundo sargento foi no sábado (12), em Taguatinga.
A Justiça do Distrito Federal concedeu liberdade provisória ao policial militar que atirou e matou por engano o bombeiro Walter Leite da Cruz, de 38 anos, durante uma perseguição policial, em Ceilândia. A decisão foi anunciada durante audiência de custódia, na sexta-feira (11). O caso ocorreu na QNO 6, na tarde de quinta-feira (10), dentro da casa do bombeiro. Após ser atingido no pescoço, o segundo sargento foi socorrido e levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.
O sepultamento do militar foi na tarde de sábado (12), no cemitério Campo da Esperança em Taguatinga. O bombeiro recebeu homenagens da família e dos amigos da corporação. Walter deixa a esposa e quatro filhos. De acordo com a Polícia Militar, uma equipe corria atrás de um suspeito de agredir a companheira na região. O criminoso fugiu pelo telhado das casas, viu o portão da casa do bombeiro aberto e invadiu o imóvel para se esconder.
Um dos policiais, então, entrou na casa e encontrou o segundo sargento do Corpo de Bombeiros. A PM afirma que, assustado, o bombeiro Walter reagiu, e o policial militar acabou atirando contra ele. Em nota, a corporação disse que lamenta e se consterna diante da fatalidade acontecida e informou “que a Corregedoria já adotou todas as providências para apuração dos fatos e elucidação dos acontecimentos”. O caso é investigado pela 15ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia.
Já o suspeito que fugia da PM foi preso e levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) ainda na quinta-feira. Ele também passou por audiência de custódia, na sexta, e recebeu liberdade provisória.