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Justiça mantém preso homem que matou filho asfixiado ao se irritar com choro

Juiz determinou a conversão da prisão de flagrante para preventiva.

O juiz Roger Augusto Bim Donega, da comarca de Primavera do Leste, manteve a prisão do homem que matou o próprio filho, de um ano e oito meses, asfixiado. A decisão foi publicada nessa terça-feira (21). O homem confessou que matou a criança, porque ela não parava de chorar. Pressionou o pescoço, asfixiando o garoto, enquanto tapava sua boca para que não emitisse sons enquanto era morto.

“Diante das peças que instruem os presentes autos, há indícios suficientes da autoria delitiva, vez que a prova testemunhal e as circunstâncias da prisão revelam, pelo menos nessa etapa da persecução penal, que o investigado praticou o crime de homicídio qualificado”, diz trecho da sentença.

O magistrado, devido à “gravidade concreta do delito, bem como a periculosidade social do agente”, decidiu pela manutenção da prisão e conversão de flagrante para prisão preventiva. O juiz ainda destacou que o réu confesso “não mediu esforços para ceifar a vida de seu próprio filho que contava com apenas um ano e oito meses, este, pequeno, frágil, e impossibilitado de quaisquer condições para sua defesa”.

O CASO

A Polícia Civil foi acionada assim que a criança deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, onde foi constatada a morte. Segundo relatado pela equipe médica, os pais chegaram por volta das 7h e o menino não tinha sinais aparentes de agressão.

O pai disse que deu mamadeira para o menino por volta das 3h30 e que, em seguida, o havia colocado ao lado da cama do casal, improvisando um berço. Alegou que teria deixado o celular carregando em uma tomada próximo de onde a criança estava e que ela teria se enforcado com o cabo, de forma acidental.

A equipe da Politec foi acionada e, diante de uma análise preliminar do corpo da vítima, foi constatado que havia sinais de lesão na parte interna dos lábios, demonstrado que alguém teria feito força para tapar a boca da criança. A equipe responsável pela necropsia, ainda relatou que a vítima apresentava sinais de asfixia por obstrução das vias aéreas e lesões na parte interna da cabeça e hemorragia no cérebro, que podem ter sido provocadas por instrumento contundente ou movimentação drástica da cabeça da vítima.

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