A vítima havia conseguido um emprego como lavador de carros em uma locadora de veículos próxima a cena do crime
João Henrique Moreira Bastos, executado à luz do dia, aos 28 anos, na tarde dessa terça-feira (2/7), estava jurado de morte por gangues rivais de Padre Bernardo, região do Entorno do DF. Para fugir da “guerra”, a vítima havia conseguido um emprego como lavador de carros em uma locadora de veículos na região do aeroporto, onde ocorreu o crime. Ele estava saindo do trabalho quando rivais apareceram e o surpreenderam com seis tiros.
O homicídio ocorreu em frente ao Centro de Treinamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em uma parada de ônibus que fica perto do Aeroporto Internacional de Brasília.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) trabalha com a hipótese de que João tenha sido alvo de vingança, por ter, supostamente, envolvimento com o homicídio do irmão de um dos suspeitos presos nesta terça. O caso segue sob os cuidados da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul).
João não tinha ficha criminal registrada no DF, porém, acumulava processos na Justiça de Goiás relacionados ao tráfico de drogas e receptação, sendo o mais recente de 2019.
Homicídio
Após atingirem João, os suspeitos tentaram fugir, mas foram impedidos por dois policiais de outro estado que estavam no local e presenciaram o homicídio. Os policiais entraram em confronto com a dupla e um deles chegou a ser atingido com um tiro na perna.
O suspeito foi atendido e levado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O outro foi preso e levado à delegacia. Até o momento, apenas um deles foi identificado — Paulo Henrique Alves dos Santos, de 22 anos, e natural de Wanderley (BA).
Natural de Brasília, João estudou no Centro de Ensino Fundamental 2 do Paranoá. Ele morreu dias após completar 28 anos, em 22 de junho.
Seis disparos
O funcionário de um posto de gasolina próximo ao local diz ter visto o momento em que João Henrique foi alvo dos tiros. Segundo ele, dois homens aguardavam, em uma moto, João sair do trabalho. Um dos suspeitos, usava um casaco vermelho.
Pouco antes do assassinato, um dos suspeitos desceu da moto para atirar em João enquanto o outro aguardava para dar fuga. No momento dos disparos, as pessoas que aguardavam na parada de ônibus saíram correndo assustadas. “Nós escutamos os barulhos vindo do outro lado da rua, vimos a vítima sair correndo, enquanto o autor dos disparos corria atrás atirando. A parada estava cheia e as pessoas saíram correndo”, disse.
O corpo da vítima apresentava perfurações na nuca, no topo da cabeça, no supercílio, na orelha, no ombro e na coluna.