A 12ª fase da operação “Lesa Pátria”, deflagrada nesta segunda-feira (23) pela Polícia Federal, prendeu o major da Polícia Militar Flávio Silvestre de Alencar. Em 8 de janeiro, ele foi flagrado, por uma câmera de segurança, em um carro da corporação que escolta outros veículos para longe da grade de contenção que impedia os bolsonaristas de avançar até o prédio do Supremo Tribunal Federal.
No dia dos ataques, o militar comandava o 6° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios, cobrindo férias do titular. Flávio já havia sido preso em fevereiro, na quinta fase da operação.
De acordo com a Polícia Federal, o major aparece em imagens feitas pela Polícia Judicial do STF. O vídeo mostra quando ele desceu do carro, se dirigiu à Tropa de Choque e sinalizou para que os policiais deixassem o local.
Nesta terça, além de prender Flávio, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pelo STF.
De acordo com a corporação, o objetivo dessa fase da investigação é identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os ataques na capital.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado;
- Associação criminosa;
- Incitação ao crime;
- Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
‘Lesa Pátria’
Na 11º fase da operação, deflagrada em 11 de maio, foram realizados 22 mandados de busca e apreensão relacionados a suspeitos de financiar os atos golpistas. As buscas aconteceram em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Entre os alvos, estavam empresários, produtores rurais e CACs (colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos). Segundo a PF, a Justiça determinou o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões.
Ainda de acordo com a PF, nas dez etapas anteriores da Operação Lesa Pátria, foram cumpridos:
- 65 mandados de prisão preventiva (sem prazo definido);
- 4 mandados de prisão temporária (com prazo determinado);
- 174 mandados de busca e apreensão;
- 17 instaurações de inquérito policial.