Presidente destacou que o Brasil, mesmo diante de ataques, defende a democracia
Na manhã desta terça-feira (23), durante seu discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou para o aumento de atentados à democracia no cenário internacional, criticando sanções arbitrárias, intervenções unilaterais e políticas de poder que ameaçam o multilateralismo. Lula destacou que o Brasil, mesmo diante de ataques sem precedentes, optou por defender a democracia reconquistada há 45 anos, reforçando que não há justificativas para ações contra as instituições brasileiras ou a economia nacional.
O presidente também abordou a questão social global, comemorando que, em 2025, o Brasil saiu do mapa da fome, mas lembrando que o desafio ainda é enorme: 670 milhões de pessoas permanecem famintas e 2 bilhões vivem em insegurança alimentar. Segundo Lula, a única guerra em que todos podem sair vencedores é contra a fome e a pobreza, e democracias sólidas precisam garantir direitos fundamentais como alimentação, saúde, trabalho, moradia e educação, combatendo desigualdades e violência de gênero.
Além disso, o mandatário comentou sobre o conflito na Palestina e pediu atenção da comunidade internacional para prioridades mais humanitárias. Ele defendeu menos investimentos em guerras e mais em desenvolvimento sustentável, propondo padrões mínimos de tributação global para que os super-ricos contribuam proporcionalmente mais. Para o presidente, medidas como essas são essenciais para fortalecer a democracia no mundo e reduzir injustiças que afetam diretamente milhões de pessoas.