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Mãe de psicóloga que morreu após passar mal em exame cobra conclusão da investigação após 9 meses: ‘Perda irreparável’

Falta de respostas tem prolongado o sofrimento de Jane Alves de Souza e de toda família da jovem. Caso aconteceu em dezembro do ano passado.

A mãe da psicóloga Bruna Nunes de Faria, de 27 anos, que morreu após passar mal em um exame, em Goiânia, cobra a conclusão da investigação após nove meses de angústia. O caso ainda não foi finalizado pela Polícia Civil. A falta de respostas tem prolongado o sofrimento de Jane Alves de Souza.

A mãe diz que está com depressão após a morte da filha. Nos últimos cinco meses, deixou de trabalhar. “Ainda estou tentando conseguir viver. Nenhuma mãe merece passar por isso que passei”, completou Jane.

Ela conta ainda que os outros três filhos também adoeceram após a morte de Bruna. Jane diz que um laudo apontou que a filha teve uma reação a um contraste usado. Porém, Bruna já tinha feito outros exames, também com contraste, mas nunca teve qualquer reação.

“Mesmo que tenha sido uma alergia: a clínica precisava ter condições para reverter isso. Lá não tinha UTI, não a intubaram. Houve negligência”, denunciou.

Em janeiro deste ano, um laudo foi emitido após a morte da psicóloga e teve resultado inconclusivo. O documento foi emitido no dia 4 de janeiro. O g1 procurou a Polícia Civil, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Morte

Bruna Nunes de Faria, de 27 anos, morreu após passar mal ao receber contraste para um exame de ressonância magnética do coração em uma clínica de Goiânia, segundo a mãe dela, Jane Alves. O procedimento aconteceu no dia 21 de dezembro de 2022. A morte foi registrada na Polícia Civil.

Bruna fez o exame no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, que fica na Avenida Portugal, no Setor Marista. A defesa explicou, por meio de nota, que atualmente há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um sob responsabilidade dos médicos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado e outro sob a gerência dos médicos Ary Monteiro Daher e Adriana Maria Monteiro, sendo que o procedimento que a jovem realizou faz parte dos serviços prestados pela equipe chefiada por Ary e Adriana.

Os grupos estão em fase final de separação judicial, que deve ser finalizada em janeiro, quando os prédios também devem ser separados de acordo com a administração.

Segundo a mãe, a jovem havia tido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e fazia o exame para descobrir a causa. Familiares relataram à administração municipal que o procedimento era de rotina.

Bruna Faria nasceu em Bonfinópolis, onde foi velada e enterrada. A jovem trabalhava como psicóloga da Prefeitura de Silvânia e fazia parte da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde.

“Na hora que aplicou o contraste, ela falou assim: ‘Estou passando mal’, e começou a tossir. Eles a tiraram rápido, no colo. Eu fui junto para esse quartinho com ela e falei ‘pelo amor de Deus, o que está acontecendo com a minha filha?’. E já veio uma moça e aplicou uma injeção nela e ela [Bruna] falou: ‘Estou sem ar’. Foi a última palavra que ela falou”, desabafou.

Segundo a mãe, não havia uma equipe médica pronta, treinada e nem equipamentos para reverter a situação.

“Se eles sabiam que existia essa possibilidade de reação ao contraste, tinha que ter todo o aparato para salvar ela. Tinha que ter um oxigênio. Tinha que ter uma maca preparada. Eles fizeram os primeiros socorros, mas a ambulância chegou em 20 minutos, ela já estava roxa”, disse a mãe.

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