A ação é vista como “desespero político”, já que o Cora é tido como principal obra do segundo mandato de Ronaldo Caiado
O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmou que pediu uma audiência com o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCE), Sebastião Tejota, para levar argumentos que embasam uma possível intervenção na construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), tido como principal obra do segundo mandato de Ronaldo Caiado (UB).
Tejota é o relator da representação protocolada pelo PSDB que pede a apuração das obras do primeiro hospital público dedicado ao tratamento do câncer mantido pelo estado, lançado em fevereiro de 2023. Marconi sugere a anulação do Termo de Colaboração firmado com a Fundação Pio XII, o que causaria a suspensão da obra.
“Já pedi audiência com Sebastião Tejota, relator da representação que o PSDB protocolou, e vou procurar os outros conselheiros. Irei com os advogados do partido para levar argumentos em relação à necessidade de se observar a lei de licitações e os princípios da legalidade e da impessoalidade”, disse ao O Popular.
A unidade será estruturada com 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagem e de infusão quimioterápica, além de casa de apoio para acompanhantes. O investimento será de R$ 424 milhões. A construção hoje é tocada por Termo de Colaboração firmado entre o Governo de Goiás e a Fundação Pio XII.
O Termo está amparado na Lei 21.642/22, que autoriza o Estado a transferir recursos financeiros, por meio da Secretaria de Saúde, para a Fundação, destinados à implementação da unidade pública estadual de saúde, em Goiânia, com padrões semelhantes aos do Hospital de Amor de Barretos.
Caiado
O governador Ronaldo Caiado foi enfático ao defender a importância da construção do Cora. “É atitude de um criminoso que não para de, cada vez mais, querer punir o povo goiano”, afirmou Caiado, em entrevista ao jornal O Popular, publicada no sábado (7/10).
Sem citar o nome do ex-governador, Caiado disse que a atitude do presidente do PSDB goiano é moralmente questionável: “Isso aí sai de qualquer linha de bom senso, querer alegar descumprimento de norma. Porque é de uma canalhice ímpar. Ímpar. É um canalha corrupto. O cidadão roubou a saúde de Goiás toda. Assaltou o Estado. Se enriqueceu e manteve a família com grandes patrimônios no exterior, tá certo? Com dinheiro roubado da saúde do Estado de Goiás”.
