Reginaldo Nunes de Moura teria pedido carro emprestado a uma amiga para resolver as questões do enterro, que aconteceu na segunda, mas ele não apareceu e está “sumido” desde então.
Reginaldo Nunes de Moura, marido de Juscelia de Jesus Silva, esteticista encontrada morta com o corpo nu dentro de “saco preto” em Abadia de Goiás (Região Metropolitana da Capital), está desaparecido desde o domingo (19), segundo denúncia realizada por um amigo da família à polícia, e pode ser considerado “fugitivo”. O homem foi o último a falar com a vítima e chegou a prestar depoimento dando detalhes.
Conforme apurado, Reginaldo teria ido à casa de uma amiga na madrugada de domingo (19), quando pediu o carro emprestado alegando que usaria para resolver questões do enterro de Juscelia. A amiga emprestou o carro e desde então ele não foi mais visto. As suspeitas de fuga ganharam força devido ele não aparecer nos eventos fúnebres da esposa, que aconteceram na segunda-feira (20), e ainda desativar o aplicativo de conversas WhatsApp.
Além do desaparecimento, outra ação do homem que chama a atenção é a denúncia de que na madrugada da última sexta-feira (17), Reginaldo lavou vários lençóis e estendeu no varal de casa.
Segundo as investigações, o fato de a vítima ter ido a uma entrevista de emprego está descartada e o corpo foi encontrado a cerca de 12 minutos da casa do casal, em uma estrada vicinal, após seis dias de desaparecimento de Juscelia, fatos que chamamn atenção dos investigadores.
Investigações seguem sob sigilo e a polícia busca pelo paradeiro de Reginaldo.
Relembre o caso
A esteticista Juscelia de Jesus Silva desapareceu na terça-feira (14), quando segundo a família, saiu de casa para uma entrevista de emprego, em Goiânia. O marido da vítima alegou para a polícia que no dia do desaparecimento a mulher havia afirmado que voltaria para casa de Uber, mas que não houve registro de viagem no aplicativo.
O corpo da vítima foi encontrado no último domingo (19). Juscelia estava enrolada nua em um saco plástico e em estado de decomposição avançado.
Conforme a delegada responsável pelo caso, Ana Paula Machado, a mulher não compareceu a entrevista de emprego e não solicitou carro de aplicativo.
“É pouco provável que ela tenha participado de qualquer entrevista de emprego. Nós visitamos vários locais onde ela poderia ter ido para se candidatar a essa vaga, mas nada foi confirmado. Nós também confirmamos que ela não fez uma viagem pelo aplicativo da Uber, conforme noticiado pela família. Então, está descartado também essa viagem pelo app”, relatou a investigadora.
Ana paula acrescentou que imagens de câmeras de segurança foram apreendidas e seguem em análise, junto com informações do Serviço de Inteligência, para poder chegar à autoria deste crime.
