Profissional disse Nathali Haydee Cunha foi diagnostica com dengue e que seguiu o protocolo recomendado para o tratamento da doença. Marido da paciente o acusa de negligência.
O médico Pablo Henrique, que foi agredido pelo marido de uma paciente que morreu durante atendimento em uma unidade de saúde de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, diz que não houve negligência. O profissional disse que seguiu todos os protocolos para tratar a professora Nathali Haydee Cunha, mas que o quadro dela se agravou e ela não resistiu, mesmo com os esforços. Devido ao corte que teve no rosto, o profissional está afastado do trabalho, se recuperando.
Pablo, que preferiu não ter o nome completo divulgado, explicou que a paciente procurou inicialmente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Setor Mansões Odisséia com dores no corpo. Ela foi diagnosticada por um médico com dengue e encaminhada para casa para se hidratar e tomar medicação. Porém, quatro dias depois, voltou à unidade, ainda com dores. Na ocasião, foi atendida por ele. Ele conta que, do momento em que ela chegou de carro até ser medicada, passando pela triagem, levou cerca de 8 minutos.
O marido de Nathali ainda acusa o médico de ter gritado com a paciente, a mandando calar a boca e dizendo que ela não estava sentindo tanta dor. Pablo nega que tenha gritado e disse que conversou naturalmente com a paciente, mas para confrontar as informações sobre o estado de saúde dela e que ela se acalmasse. Pablo conta que seguiu os protocolos para o tratamento da dengue e que era necessário esperar que eles fossem administrados para ver a evolução da paciente e determinar os próximos passos.
“Em um momento, a paciente disse que tinha melhorado um pouco, então expliquei que íamos esperar terminar o remédio para ver como ficaria a situação”, disse. O médico conta que, após ver que a paciente não tinha melhorado, foi solicitar a transferência dela para a área de emergência.
“Na hora que a paciente chegou, eu sabia que era uma paciente que tinha potencial de gravidade, que o acompanhante poderia ficar agitado, porque a paciente estava com dor. Com essa paciente, todas as vezes que o acompanhante me chamou, eu fui lá, nem que fosse para explicar que era preciso aguardar a medicação, ver se ela estava sentindo dor”, disse.