Michelle também falou sobre o marido, defendendo-o como “vítima do sistema” e reforçando que Bolsonaro é o “único nome da direita” para o pleito de 2026.
Durante o encontro nacional do PL Mulher, realizado na manhã de sábado (11) em Rio Verde, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro dedicou grande parte de seu discurso para criticar o governo do presidente Lula (PT), chamar a esquerda de “maldita” e defender a candidatura presidencial de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de 2026.
Sem citar nominalmente, Michelle fez referência ao presidente e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.“Não vamos aceitar mais essa esquerda maldita governando a nossa nação. Um casalzinho que demoniza Israel, mas que agora começou a frequentar as igrejas. Vamos abrir os nossos olhos espirituais?”, disse Michelle.
A visita, marcada por discrição e pouca divulgação fora dos círculos bolsonaristas, teve como objetivo fortalecer a presença feminina no Partido Liberal (PL), mas o evento não teve a repercussão esperada. A ex-primeira-dama criticou o estilo de gestão do governo federal, classificando Lula como “gastador de primeira” e sugeriu que ele seguisse o exemplo do ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica.
“É isso que tem acontecido com esse tanto de imposto, com esse líder que quer ser o socialista, a figura de pai dos pobres, mas que ama tudo que o capitalismo pode oferecer. Gastador de primeira. Gosta do bom. De grife. Eles não podem usar grife. Eles têm que usar as coisinhas mais simples. Tem que seguir o exemplo do Mujica, pois esse sim era um socialista raiz”, disse.
Michelle também falou sobre o marido, defendendo-o como “vítima do sistema” e reforçando que Bolsonaro é o “único nome da direita” para o pleito de 2026. Após o discurso, os participantes do evento entoaram o grito: “Volta, Bolsonaro”.
O ex-presidente Bolsonaro foi condenado em setembro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Além disso, está inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No mesmo evento, Michelle recebeu o título honorífico de cidadã goiana, proposto pelo ex-deputado Fred Rodrigues (PL), aprovado pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em 2023 e sancionado pelo governador Ronaldo Caiado (UB). Ao agradecer a honraria, a ex-primeira-dama destacou o programa “Pátria Voluntária”, do governo Bolsonaro, e dedicou o título às comunidades surda e autista.