Ele terá almoço com empresários e lideranças do setor produtivo e também se reunirá com líderes sindicais
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chega a Goiânia nesta quinta-feira (3) como equilibrista de ocasião. De um lado, empresários do comércio pressionam por mudanças em normas federais que impõem negociação coletiva para o funcionamento aos domingos. De outro, sindicatos que pedem jornada menos exaustiva, com mais folgas e direitos.
Baiocchi entregará a ele um documento que resume o incômodo das micro e pequenas empresas com a Portaria nº 3.665/2023 e a NR-01. Nos bastidores, o recado é direto: as novas regras aumentam os custos, burocratizam o óbvio e ainda deixam no ar um cheiro de insegurança jurídica.
A entidade pede, de maneira diplomática, que o governo reavalie os exageros. Marinho ouvirá as queixas, posará para fotos e, provavelmente, prometerá diálogo. A palavra é coringa nesses encontros.
Depois do almoço com empresários, o ministro muda o figurino, pelo menos o discursivo. Vai à região da Rua 44, reduto de lojistas e referência no turismo de moda do Centro-Oeste, para apresentar o ACREDITA, programa que promete facilitar o acesso a empréstimos com juros camaradas. Em tempos de juros altos e caixa curto, não deixa de ser um bom aceno.
A proposta de mudança tem ganhado força em Brasília, com aval do ministro, e será defendida como avanço civilizatório, em nome da saúde mental e da dignidade. Entre uma frente e outra, Marinho tenta o impossível: agradar a todos. Resta saber se sai de Goiânia com algum aceno prático ou apenas com mais uma coleção de selfies e promessas de “ampla escuta”.
