O ministro afirma que tomou a decisão porque alguns acusados apresentaram problemas de saúde ou filhos menores de idade, além da maioria ser réu primário.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a soltura de 137 acusados de participarem dos “atos terroristas” em Brasília, que terminaram com a depredação das sedes dos Três Poderes no dia 08 de janeiro deste ano.Já os goianos presos por financiar os atos continuam na cadeia.
São eles: José Ruy (PTC), Lucimário Benedito Camargo, ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Verde, Yres Guimarães de Rio Verde e Rafael da Silva, de Catalão.
Mesmo com a soltura, o ministro solicitou algumas medidas cautelares para os acusados, como: utilização de tornozeleira eletrônica, proibição de utilizar redes sociais, falar com outros acusados envolvidos, entregar os passaportes que serão cancelados, não sair do país, porte de armas suspensos e se apresentar semanalmente à Justiça.
Conforme Moraes, a soltura ocorreu porque alguns acusados apresentaram problemas de saúde ou filhos menores de idade, além da maioria ser réu primário.
Com a decisão, dos 1,4 mil presos entre os dias 08 e 09 de janeiro, 803 permanecem detidos.
As pessoas que receberam alvará de soltura são dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Ceará, Pernambuco e Bahia.
Ataques no DF
Os criminosos, ligados à extrema-direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do STF por não aceitarem a derrota nas urnas. Eles acreditam que houve fraude nas urnas e, por esse motivo, Bolsonaro foi derrotado por Lula, mesmo sem nenhuma comprovação.
Para os extremistas, a depredação às sedes dos Poderes seria o último ato para forçar uma Intervenção Militar e com isso evitar que Lula continuasse no Comando do país.