Além de enviar a denúncia, o Ministério Público pediu que os investigados paguem R$ 28.677.749,33, a título de reparação dos danos provocados pelas infrações, e a manutenção da prisão dos suspeitos.
Ministério Público Eleitoral denunciou Eurípedes Júnior, presidente licenciado do Solidariedade, sob acusações graves relacionadas a desvios de recursos públicos e crimes eleitorais. A Operação Fundo no Poço, conduzida pela Polícia Federal, investiga um esquema que teria desviado aproximadamente R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral.
Além de Eurípedes, outras nove pessoas estão envolvidas na denúncia. Entre elas, o administrador Alessandro Sousa da Silva (conhecido como Sandro do Pros), o ex-deputado distrital Berinaldo da Ponte, a tesoureira do Solidariedade Cintia Lourenço da Silva e o empresário Epaminondas Domingos do Nascimento Júnior.
Além de Eurípedes, outras nove pessoas estão envolvidas na denúncia. Entre elas, o administrador Alessandro Sousa da Silva (conhecido como Sandro do Pros), o ex-deputado distrital Berinaldo da Ponte, a tesoureira do Solidariedade Cintia Lourenço da Silva e o empresário Epaminondas Domingos do Nascimento Júnior.
Segundo o promotor Paulo Roberto Binicheski, Eurípedes liderava uma organização criminosa composta por familiares e pessoas próximas. Ele teria gerenciado o Pros como um bem particular, enriquecendo ilicitamente por meio do desvio de recursos públicos destinados à atividade político-partidária. A denúncia aponta que Eurípedes apropriou-se diretamente de recursos dos fundos Partidário e Eleitoral, especialmente em datas próximas a eventos judiciais relevantes para a gestão do partido.
“[Eurípedes] foi responsável diretamente pela apropriação de recursos dos fundos Partidário e Eleitoral, destinados ao Partido Republicano da Ordem Social (Pros), em proveito próprio e alheio, sobretudo em datas similares ou próximas a eventos marcantes da disputa judicial da gestão do partido. Além disso, juntamente a outros integrantes da organização criminosa, furtou numerário significativo pertencente à agremiação política quando não mais podia movimentar formalmente contas bancárias, bem como inseriu declarações falsas nos autos das prestações de contas declaradas perante a Justiça Eleitoral, para fins de macular os crimes anteriormente perpetrados”, detalhou Binicheski.
A PF também revelou que Eurípedes utilizou empresas de fachada no esquema, incluindo consultorias, agências de viagens e até uma autoescola. Além disso, ele teria viajado com recursos do fundo partidário para destinos internacionais, como Dubai, França, Punta Cana, Miami, Orlando, México e Itália. As investigações indicam que Eurípedes esvaziou as contas do Pros ao ser destituído do cargo, transferindo valores para uma fundação onde ele e parentes tinham poderes de gestão.