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MPGO ; Advogada e PMs são denunciados por agiotagem, extorsão e tortura em Luziânia

Suspeitos emprestavam dinheiro com juros altíssimos ao mês. Os devedores eram submetidos a ameaças, agressões, sequestros e sessões de tortura, diz investigação.

A advogada e os policiais militares investigados na Operação Mão de Ferro foram denunciados por agiotagem, extorsão e tortura pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). Ao todo, nove pessoas foram denunciadas por suspeita de integrar organização criminosa que agia em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.

Segundo o MP, com o grupo foram apreendidas armas de fogo, munições de diversos calibres (inclusive de uso restrito), celulares e documentos, além de vídeos que mostram a atuação violenta do bando.

Segundo as investigações, o grupo agia desde 2023 emprestando dinheiro e cobrando juros muito altos ao mês. Os devedores eram submetidos a ameaças, agressões, sequestros e sessões de tortura. Eles usavam, ainda, contas de terceiros e empresas de fachada para ocultar os valores.

De acordo com o MP, os suspeitos foram denunciados pelos crimes de organização criminosa armada, com agravantes por liderança e emprego de armas; extorsão majorada; tortura com imposição de intenso sofrimento físico e psicológico; agiotagem mediante cobrança de juros abusivos e ilegais; lavagem de dinheiro; e posse, porte e comércio ilegal de armas e munições, inclusive de uso restrito.

Entenda o caso

A Operação “Mão de Ferro” foi realizada pela Polícia Militar de Goiás em novembro e cumpriu mais de 10 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão. Segundo a polícia, foram alvos da operação o líder da quadrilha, financiadores e executores das cobranças violentas. Uma advogada atuava na “blindagem jurídica” do grupo e participava das cobranças contra as vítimas.

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