Apesar da gravidade das imagens, homem não comunicou o caso às autoridades
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) identificou uma mulher como autora de agressões e tortura contra a própria filha, registradas em vídeos enviados ao pai da criança, que se manteve omisso diante das violências. Os registros mostram cenas de enforcamento, ameaças com faca e outros maus-tratos.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia, revelou que a criança é fruto de um relacionamento extraconjugal do pai, que recebia os vídeos da amante sem tomar qualquer atitude para proteger a vítima. Os registros mais antigos são de mais de um ano, enquanto os mais recentes foram feitos há poucas semanas.
Apesar da gravidade das imagens, o pai não comunicou o caso às autoridades ou à família, nem buscou ajuda para interromper os abusos. Ao ser resgatada, a criança não apresentava lesões físicas visíveis, mas foi afastada da mãe por determinação do Conselho Tutelar. A guarda foi transferida para um familiar responsável, que assumiu o compromisso de garantir seu bem-estar.
Durante o interrogatório, tanto a mãe quanto o pai optaram por permanecer em silêncio. A polícia continua colhendo depoimentos para esclarecer as circunstâncias e motivações do crime. O caso, classificado como “bárbaro” pelas autoridades, pode levar a acusações de maus-tratos, omissão de socorro e violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O nome dos suspeitos não foi divulgado. Não há informações sobre prisão, no momento.