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Mulher é presa em operação que apura venda de vagas para cirurgias, exames e de UTI em hospitais públicos do DF

Segundo polícia, para convencer vítimas, mulher dizia ser enfermeira da Secretaria de Saúde. No entanto, ela não possuía mais vínculo com a pasta desde 2014.

Polícia Civil prende enfermeira suspeita de vender vagas para procedimentos médicos em hospitais públicos do DF — Foto: PCDF/ReproduçãoPolícia Civil prende enfermeira suspeita de vender vagas para procedimentos médicos em hospitais públicos do DF — Foto: PCDF/Reprodução

Uma mulher foi presa em uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, na manhã desta sexta-feira (1º). Ela é investigada por suposta venda de vagas para cirurgias, exames e leitos de UTI na rede pública da capital.

Os agentes cumpriram ainda seis mandados de busca e apreensão no Gama, Santa Maria e Recanto das Emas. Os alvos são parentes e amigos da investigada, que emprestaram contas bancárias para que os pagamentos fossem realizados.

Segundo a polícia, para convencer as vítimas, a mulher dizia ser enfermeira da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). No entanto, os investigadores constataram que ela exerceu um cargo comissionado na pasta, mas não possuía mais vínculo desde 2014.

As identidades dos investigados não foram reveladas pela corporação. Em nota, a SES-DF ressaltou que não são feitas cobranças relativas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e incentiva a denúncia às autoridades em situações de cobrança por vagas.

“É importante ressaltar que as solicitações de internações são administradas pela Central de Regulação, que funciona 24 horas por dia e sete dias por semana, seguindo critérios específicos que variam de forma individual para cada paciente, considerando necessidades clínicas distintas”, conclui a pasta.

Investigações

Leito de UTI em hospital público do Distrito Federal, em imagem de arquivo — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DFLeito de UTI em hospital público do Distrito Federal, em imagem de arquivo — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Em alguns casos, a enfermeira não cumpria o prometido com a venda dos procedimentos, mesmo após o pagamento. A mulher vendia ainda atestados, receitas e laudos médicos falsos, para fraudar a concessão de aposentadoria por invalidez.

A Polícia Civil afirma ter identificado uma pessoa com vínculos políticos que encaminhava pacientes à enfermeira. A partir das provas colhidas durante a operação desta sexta, a Polícia Civil busca descobrir se houve participação de servidores efetivos da Secretaria de Saúde do DF.

De acordo com a corporação, os investigados podem responder pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 24 anos de prisão.

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