O ponto de venda funcionava na Rua 18-C, no Setor Garavelo, a cerca de 500 metros da Central de Flagrantes de Aparecida.

A Polícia Civil de Goiás prendeu, no início da noite desta quinta-feira, uma mulher acusada de comercializar medicamentos falsificados e sem registro, incluindo produtos clandestinos vendidos ilegalmente como tirzepatida — entre eles as marcas “Lipoless”, “T.G.” e “Tirzec”. A ação foi realizada pela Central Geral de Flagrantes de Aparecida de Goiânia.
A investigação começou na semana passada, após uma denúncia anônima enviada ao número oficial da corporação, pelo WhatsApp (62) 99139-0755. O ponto de venda funcionava na Rua 18-C, no Setor Garavelo, a cerca de 500 metros da própria Central de Flagrantes, evidenciando a ousadia da operação criminosa, realizada praticamente ao lado da delegacia.
Durante campana, a equipe flagrou a suspeita — estudante de enfermagem — saindo da residência carregando objetos. Na abordagem, foram encontradas seringas e caixas de “Lipoless”, produto ilegalmente comercializado como “emagrecedor injetável” e sem qualquer registro junto à Anvisa.
Depósito clandestino
Ao entrar no imóvel, os policiais descobriram um verdadeiro depósito clandestino, onde estavam armazenados cerca de R$ 60 mil em mercadorias ilegais, entre elas:
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Lipoless 5 mg, 10 mg e 15 mg
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Lipoless Dose Única 15 mg
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Tirzepatida T.G. (5/10/15 mg)
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Tirzec 15 mg
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Ampolas fracionadas
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Seringas avulsas e caixas com 100 unidades
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Materiais de aplicação e manipulação
Os produtos eram mantidos em uma geladeira doméstica e em caixas comuns, sem qualquer controle sanitário, nota fiscal ou autorização da Anvisa. Segundo a Polícia Civil, o armazenamento inadequado e a falsificação representam grave risco à saúde pública, podendo causar infecções, fortes reações adversas e até levar à morte.
A mulher foi autuada pelo crime previsto no artigo 273, §1º-B, incisos I e V, do Código Penal, que trata da fabricação, venda ou distribuição de medicamentos sem registro. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) equipara esse tipo de crime ao tráfico de drogas, o que impede a concessão de fiança pela autoridade policial.
A investigação prossegue para identificar possíveis fornecedores e outros envolvidos no esquema ilegal.


