O primeiro alvo da operação “Dose Dupla”, que investiga fraude em licitação na Câmara de Aparecida em relação à construção da nova sede, foi o secretário de Desenvolvimento Urbano de Aparecida de Goiânia Davi Mendanha.
Após a Polícia Civil de Goiás realizar busca e apreensão, nesta quinta-feira (19), na casa do secretário de Desenvolvimento Urbano de Aparecida de Goiânia, Davi Mendanha, agentes da Delegacia de Combate à Corrupção seguiram para casa do ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, que também foi alvo da operação “Dose Dupla”. Por volta das 7 horas da manhã, a polícia realizou busca e apreensão na casa de Gustavo, onde apreendeu dois computadores e um pendrive.
O ex-prefeito fez uma live após os trabalhos policiais em sua casa e apontou que acredita em “um erro processual”, já que à época dos fatos investigados já não tinha ligação com o Legislativo, pois, já era o mandatário do Executivo municipal. Ele destacou ainda que “por ser político acaba sofrendo com os erros de outras pessoas”. Sobre o “erro processual”, Gustavo destaca que naquele período, 2018, a “caneta” da Câmara já pertencia a Vilmar Mariano, ainda presidente da Câmara. Ele [Gustavo] já era prefeito de Aparecida desde 2016, quando a partir daí deixou de ter vínculo com o Legislativo.
“Mas só para dizer que eu não era presidente, eu estava à frente do poder executivo municipal, e a Câmara é um poder totalmente autônomo, onde o presidente, os seus pares, enfim, toda a sua equipe que tem conhecimento” e ainda dá continuidade; “E notei aqui, até porque tá numa fase de processual, então eles estão investigando” concluiu.
Gustavo ressalta que se existir algo ele está pronto para cooperar com as investigações e lembra que já era prefeito quando ouve esse problema com a licitação. O ex-prefeito reafirmou que quem era presidente da Câmara na época era Vilmar e não deveria ser “visitado” pela polícia, mais sim os responsáveis da época.
Entenda o caso
O ponto investigado pela Decor. é a licitação responsável pela empresa ganhadora e responsável pela construção da nova sede. Os processos apontam que a empresa vencedora tenha sido “encaminhada” para vencer. Ainda que, no momento da execução, uma segunda empresa tenha assumido os serviços. Outro ponto investigado é de que os empresários responsáveis pelas empresas envolvidas teriam ligação com os alvos dessa operação.
Caso segue em investigação.