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‘Não há hipótese de se repetir’, diz interventor federal no DF sobre ataques terroristas na Esplanada

Ricardo Cappelli afirma que todo efetivo policial será mobilizado para possíveis atos golpistas na capital. Pronunciamento ocorre após invasões às sedes dos três poderes, no domingo (8).

foto : Ricardo Cappelli, interventor federal na segurança pública do DF

O interventor de Segurança Pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, esclareceu, na manhã desta quarta-feira (11), medidas de segurança para possíveis atos golpistas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.O pronunciamento ocorre após os ataques terroristas com invasão e depredação das sedes do Executivo, Judiciário e Legislativo, no domingo, e após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes proibir, nesta quarta, bloqueio de vias e invasão de prédios públicos em todo o território nacional. “Não há hipótese de se repetir o que aconteceu”, afirmou Cappelli, sobre as depredações causadas pela minoria de bolsonaristas radicais.

O interventor afirma que todo o efetivo policial será mobilizado para atos golpistas previstos para ocorrer em Brasília . “A Esplanada já está sendo fechada para a circulação de veículos. Vai haver barreiras, revistas e bloqueios”, disse o interventor.

Pontos de revista

Pontos de revista serão montados a partir da avenida José Sarney, que fica na altura da L2 Norte e L2 Sul. Não será permitida a entrada na área com objetos como materiais cortantes, fogos de artifício, produtos inflamáveis. “Nós estamos com todo efetivo da segurança pública do Distrito Federal mobilizado, em operação articulada, com o apoio da inteligência, da nossa inteligência, com o apoio de toda inteligência da Polícia Federal, e com a colaboração e presença de todo nosso efetivo de segurança aqui do Distrito Federal, da Força Nacional, comandada pelo secretário nacional de Segurança Pública, o coronel Tadeu Alencar. Então, todo efetivo está mobilizado”, disse Cappelli. O interventor apontou que a lei será cumprida e que não serão admitidos novos atos ilegais. “A democracia é plena e o direito a livre manifestação é permitido.

Mas não se confunde com ataque ao patrimônio e à democracia. A lei será cumprida e eles serão tratados no rigor da lei”, declarou. De acordo com o interventor, todos os participantes dos atos golpistas de domingo já foram identificados. Segundo Ricardo Cappelli, entre os 1,5 mil detidos, mulheres com crianças pequenas e idosos com comorbidades foram liberados por uma “questão humanitária”. No entanto, o interventor afirma que essas pessoas continuarão sendo monitoradas “Então, todos são identificados. Caso algum, uma digital, ou essas pessoas sejam vistas em outro procedimento criminal, travestidos de manifestação, passeata, aí sim serão recolhidas e será dado o tratamento legal”, disse. Segundo Cappelli, as forças de segurança estão comprometidas com a República e a democracia. Ele reforçou que o governo está trabalhando para garantir a segurança dos servidores que atuam na Esplanada. “A mensagem é de tranquilidade, normalidade.” “Há uma tentativa de criar um ambiente de crise no Brasil. Mas não há crise”, disse.

Críticas à gestão anterior

O interventor acredita que houve falta de comando na Secretaria de Segurança Pública, no domingo, e criticou a atuação do então secretário, Anderson Torres, que teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Hoje eu estou aqui é vou acompanhar pessoalmente. No domingo, o secretário estava no EUA”, afirmou. “O que mudou do dia 1º para o dia 8 foi o senhor Anderson Torres. Ele exonerou boa parte do comando da SSP-DF e viajou para os Estados Unidos. Hoje, a gente tem comando e eu tenho plena confiança nos homens da força de segurança do DF”, continuou.

Cappelli disse que as forças de segurança do DF são capazes de conduzir uma operação “exemplar”, como a vista durante a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro.

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