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Número de feminicídios no DF até junho deste ano é igual ao total de vítimas do ano passado inteiro

Nos primeiros seis meses de 2023, 17 mulheres foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal. Em 2022, de janeiro a dezembro, foram 17 vítimas.

Durante todo o ano de 2022, 17 mulheres foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal. Já neste ano, só entre janeiro e junho, o número foi o mesmo. Em 2023, a trágica marca foi atingida na metade do tempo do ano passado. O mês com o maior número de crimes deste tipo, em 2023, foi janeiro, com cinco feminicídios, de acordo com o painel de monitoramento desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).

O caso mais recente ocorreu no último sábado (23). Jonas Costas Patáxia, de 29 anos, matou a facadas a ex-companheira, Emily Talita da Silva, de 20 anos, na chácara 64, no Sol Nascente, por volta das 6h da manhã. A mulher tinha medida protetiva contra ele e deixa uma filha de um ano e cinco meses. O assassino fugiu e ainda não foi localizado. Ele possui antecedentes criminais por roubo.

De acordo com o monitoramento da SSP-DF, cerca de 12 casos de feminicídio em 2023 ocorreram no interior da residência da mulher. Além disso, os meios mais empregados pelos criminosos são arma branca, arma de fogo e asfixia. Sobre os criminosos, cerca de 87,5% foram presos e a mesma quantidade possui antecedentes criminais.

De 2015 até 2023, foram 163 casos de feminicídio no Distrito Federal. A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

  • Telefone 197
  • Telefone 190
  • E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br
  • Delegacia eletrônica
  • Whatsapp: (61) 98626-1197

O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça. Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

No Distrito Federal, ainda existe o Programa Violeta, que é focado no atendimento de crianças e mulheres vítimas de violência sexual e estupro. O acolhimento é feito por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, ginecologista, psiquiatra, psicólogos, técnica em enfermagem e técnicas administrativa. O serviço é prestado no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

A Secretaria de Justiça e Cidadania também tem canais de denúncia de casos de violência contra a mulher. Há, por exemplo, o Centro Integrado 18 de Maio, que trata de ocorrências de exploração sexual de crianças.

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