João Vitor Gomes se apresentou dois dias após atropelar o sargento da Aeronáutica Marcos Lucena, no domingo. Motorista foi ouvido e liberado.
Ficha criminal
Como revelou a coluna Na Mira, João Vitor tem registros de antecedentes criminais — a maioria por receptação de objetos roubados. Em ocorrências registradas na 15ª DP (Ceilândia Centro) e na 5ª DP (Área Central), o suspeito de atropelar o sargento aparece como envolvido na receptação de iPhones de origem ilícita.
Em ao menos três casos apurados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), João Vitor aparece como autor em casos de compra ou venda de aparelhos furtados ou roubados. Em todos os casos, o motorista assinou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por envolver crimes de menor potencial ofensivo, e foi liberado para responder em liberdade.
O suspeito foi investigado por vender um iPhone 11, roubado durante um assalto a ônibus. Após um ano, a polícia chegou até o comprador do aparelho. A vítima acreditava que o aparelho teria procedência legal.
Atropelamento
Marcos pedalava com a esposa perto da região de Engenho das Lajes, perto do Entorno do Distrito Federal, quando um Chevrolet Cruze preto, conduzido por João Vitor, atingiu o ciclista.
O motorista chegou a descer do carro e sugerir que o militar fosse levado para um hospital. No entanto, quando a esposa da vítima pediu que João Vitor aguardasse a polícia e o socorro, o condutor fugiu.
Uma testemunha do ocorrido acionou o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), que tentou, sem sucesso, reanimar a vítima. A morte foi confirmada no local do atropelamento. Posteriormente, a polícia verificou que o carro conduzido por João Vitor pertence, na verdade, a uma pessoa que está fora do país.