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Padre do DF é condenado a 44 anos de prisão por abusos sexuais

Segundo denúncia, crimes foram cometidos contra meninos que trabalhavam em igreja de Sobradinho. Polícia Civil afirma que Delson Zacarias dos Santos está foragido; defesa diz que ainda não teve acesso a sentença.

O padre Delson Zacarias dos Santos, que atuava em uma paróquia de Sobradinho, no Distrito Federal, foi condenado a 44 anos e oito meses de prisão por estupro de vulnerável e violação mediante fraude.

Segundo a denúncia, os crimes foram cometidos contra meninos que, na época, trabalhavam como coroinhas e cerimoniários. Eles auxiliavam o pároco nos trabalhos da igreja. Segundo umas das vítimas, ele sofreu abusos desde os 13 anos. A Polícia Civil informou que, até esta quarta-feira (30), o padre estava foragido. A defesa de Delson informou que ainda não teve acesso a sentença. Já a Arquidiocese de Brasília não se manifestou. As vítimas relataram ainda que os crimes eram cometidos sem que eles pudessem se defender. De acordo com a denúncia, o padre usava a autoridade dele na igreja para intimidar os jovens.

A decisão aponta que Delson deve cumprir a pena em regime inicial fechado e não vai poder recorrer em liberdade. O processo está em segredo de Justiça, por envolver situações de abusos que aconteceram quando a vítima tinha menos de 18 anos. Um dos jovens, que não quer se identificar, disse ter sofrido abusos desde os 13 anos, em uma igreja de Sobradinho. Outra vítima também relatou um caso de abuso na casa paroquial. “Eram [abusos] após as reuniões dos coroinhas, dos cerimoniais. Depois das missas ou anterior à missa. Ele convidava para tomar refeição, assistir um filme, enfim. Era sempre assim”, diz vítima que denunciou padre. O padre Delson Zacarias dos Santos está afastado desde o ano passado, quando a Arquidiocese divulgou a seguinte nota:

“O Sr. Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa […] providenciou prontamente o seu afastamento cautelar da função paroquial, determinando o afastamento preventivo do seu ofício sacerdotal até o efetivo esclarecimento dos fatos impróprios apontados, e deu início à chamada ‘investigação prévia’, atualmente em curso”, disse a Arquidiocese de Brasília, à época.

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