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Pastor é investigado por manter clínicas clandestinas

Ângelo Mario Klaus Júnior estava foragido quando a Polícia Civil (PC) resgatou 50 pessoas em cárcere privado em clínica clandestina. O pastor se apresentou ao delegado acompanhado dos advogados.

O pastor suspeito de manter duas clínicas clandestinas, na zona rural de Anápolis, se entregou à polícia na madrugada deste sábado (2). Ângelo Mario Klaus Júnior estava foragido desde a última terça-feira (29), quando a Polícia Civil (PC) resgatou 50 pessoas em cárcere privado em uma primeira clínica. Na quinta-feira (31), outra clínica clandestina foi descoberta com mais 43 pessoas que também estavam trancadas, amarradas e desnutridas.

A reportagem não localizou a defesa de Ângelo Mario Klaus Júnior e de Suelen Amaral Klaus até a última atualização desta reportagem.

De acordo com Manoel Vanderic, delegado à frente do caso, em depoimento, o pastor falou apenas que a esposa dele, que também é pastora, é inocente e que não tem responsabilidade nenhuma com as duas clínicas clandestinas. Suelen Amaral Klaus foi presa na última quarta-feira (30).

Gravidade

De acordo com o delegado, os crimes cometidos são muito graves. “A tortura qualificada e o cárcere privado qualificado, têm penas que chegam a quase 20 anos de prisão. Cerca de 12 a 15 vítimas estão internadas, então acredito que os crimes imputados podem aumentar ainda para lesão e tentativa de homicídio.

Segundo Vanderic, algumas famílias dos internos também estão sendo investigadas. “Vários internos não eram dependentes químicos, não estavam lá [na clínica] para uma reabilitação. Então as famílias respondem, porque abandonar uma pessoa idosa ou com deficiência em hospital ou abrigo é crime”, completou.

Entenda o caso

A Polícia Civil (PC) resgatou, na última semana, 93 pessoas, entre elas idosos, menores e pessoas com deficiência, vítimas de maus-tratos, tortura e cárcere privado em duas clínicas clandestinas, localizadas na zona rural de Anápolis.

Os donos do local são um casal de pastores de uma igreja no município. Além dos pastores, quatro funcionários, investigados por agredir as vítimas foram presos. Segundo a Polícia Civil, todos responderão por tortura e cárcere privados qualificados.

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