Bem-vindo – 23/02/2025 01:42

PC pede arquivamento de investigação sobre PM que matou paciente em hospital

Luiz Cláudio, que era diabético, renal crônico e fazia hemodiálise há 24 anos, teve um surto devido à hipoglicemia e atacou uma enfermeira com caco de vidro.

A Polícia Civil concluiu que o policial militar que atirou e matou o tratorista aposentado Luiz Cláudio Dias, de 59 anos, agiu em legítima defesa. O caso ocorreu em 18 de janeiro, no Hospital Municipal de Morrinhos (HMM), durante um surto psicótico do paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Luiz Cláudio, que era diabético tipo 1, renal crônico e fazia hemodiálise há 24 anos, teve um surto devido à hipoglicemia. Ele estava internado na UTI com outros nove pacientes quando acordou confuso e agitado. Após quebrar uma janela do banheiro feminino, pegou dois cacos de vidro e fez a técnica de enfermagem Cintia da Silva Nascimento refém.

A equipe do hospital tentou conter Luiz, mas sem sucesso, e acionou a Polícia Militar. A equipe que chegou ao local não possuía arma de choque ou equipamento similar para conter pessoas em surto. Durante a confusão, Cintia conseguiu escapar, mas tropeçou e caiu. Quando Luiz fez menção de atacá-la novamente, o sargento Allan Alves de Freitas atirou uma única vez, atingindo-o na altura dos rins. O policial afirmou ter mirado nas pernas, mas Luiz se movimentou. Apesar dos esforços de reanimação, o aposentado não resistiu ao ferimento.

O delegado Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pelo caso, concluiu que a ação do policial foi em legítima defesa de terceiro, pois a técnica de enfermagem corria risco de morte. A família de Luiz Cláudio contesta a conclusão da polícia e como a abordagem foi feita. Eles criticam o disparo e o fato de um policial ter pisoteado Luiz após ele ter sido baleado.  A família alega que houve falhas na investigação e pretende impedir o arquivamento do caso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *