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PCDF desmantela organização criminosa que se passava por agência de modelos para aplicar golpes em mulheres

A organização tinha como alvo mulheres jovens, com idades entre 18 e 30 anos

Camila Boudoir

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou uma organização criminosa que se passava por uma agência de modelos, durante as primeiras horas desta quinta-feira (14). O grupo almejava modelos e influenciadoras digitais através das redes sociais, oferecendo contratos para produção de conteúdo erótico em troca de cachês supostamente milionários. No entanto, as vítimas eram submetidas à extorsão e ameaças.

As modelos eram pressionadas sob a ameaça de terem seus vídeos e fotos íntimas divulgados nas redes sociais. Diante das ameaças, as vítimas eram coagidas a realizar pagamentos via Pix para contas laranjas fornecidas pela organização criminosa.

Segundo as investigações conduzidas pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia) no âmbito da Operação Trap, a organização tinha como alvo mulheres jovens, com idades entre 18 e 30 anos, que fossem ativas nas redes sociais. Após a seleção da vítima, um membro do grupo criminoso utilizava um perfil falso no Instagram, se passando pelo dono de uma agência de modelos, alegando que a mulher se encaixava no perfil procurado pela agência.

Para conquistar a confiança das vítimas, o criminoso estabelecia um diálogo, compartilhando cópias de documentos e fotos e vídeos de conteúdo íntimo. Posteriormente, as mulheres eram induzidas a enviar fotos e vídeos nus, sempre com a promessa de uma carreira de modelo lucrativa e a obtenção de cachês generosos.

Como parte do engano, o golpista enviava prints de extratos bancários com saldos milionários, alegando que esses valores eram provenientes de trabalhos como modelo, especialmente em videochamadas.

Posteriormente, o membro do grupo, utilizando o perfil falso da representante da agência de modelos, informava às vítimas que um cliente estava interessado nelas e estava disposto a pagar uma quantia considerável, na casa das centenas de milhares de dólares, para que realizassem seus desejos em uma videochamada pelo Facebook.

Durante a videochamada, o suposto “cliente” alegava que não efetuaria o pagamento, alegando que as vítimas não haviam cumprido suas diretrizes. Geralmente, as vítimas entravam em contato com a suposta agenciadora, que prometia resolver a situação com o cliente.

 

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