O golpista criava perfis e identidades falsas, onde simulava vendas com exigência de pagamentos antecipados.

A Polícia Civil de Goiás por meio da Delegacia de Cristalina, cumpriu nesta manhã desta quinta feira 27/11 em Anápolis, a prisão preventiva de um indivíduo investigado no âmbito da Operação Perfil Fantasma, deflagrada para reprimir um esquema reiterado de fraudes eletrônicas praticadas por meio de anúncios falsos em plataformas digitais. A investigação teve início após a vítima ser induzida a acreditar na venda de um veículo anunciado online, ocasião que foi orientada a realizar uma transferência via PIX no valor de R$2.000,00.
Após o depósito, o suposto vendedor interrompeu o contato, e o valor foi rapidamente pulverizado entre contas de terceiros, fato que despertou a necessidade de aprofundamento investigativo e permitiu identificar um padrão profissionalizado e reiterado de atuação. As diligências revelaram que o investigado mantém, há anos, o mesmo modus operandi: criação de perfis e identidades falsas, simulação de vendas, exigência de pagamentos antecipados e imediata dispersão dos valores para dificultar o rastreamento.
O histórico levantado pela delegacia mostrou ocorrências praticamente ininterruptas desde 2018, com vítimas em diversas cidades goianas — como Goiânia, Crixás, Rubiataba, Rio Verde, Formosa, Catalão, Águas Lindas, Rialma e Jussara — todas com a mesma dinâmica fraudulenta. Em vários registros, as vítimas relataram ter negociado com perfis falsos identificados como “Durval de Souza”, “Sargento Rui”, “Sargento Gomes” e “Gerson”, todos vinculados ao esquema.
Diante da multirreincidência, da amplitude estadual dos golpes e da recorrência do investigado como beneficiário direto das transferências, a Delegacia de Cristalina representou pela prisão preventiva e pelo sequestro de valores, medidas deferidas pelo Poder Judiciário.
A Polícia Civil reforça as orientações de prevenção à população: desconfiar de ofertas muito abaixo do mercado, evitar pagamentos antecipados sem verificação presencial do bem, confirmar a identidade do vendedor em fontes oficiais e jamais compartilhar documentos ou enviar valores sem a devida checagem. Em caso de dúvida, recomenda-se procurar a Polícia Civil antes de concluir qualquer negociação on-line.



