Os suspeitos cadastravam contatos com apelidos e nomes vinculados às substâncias comercializadas. “Padê” era o código para cocaína
A Policia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou operação nas primeiras horas desta quarta-feira (13/11) para desarticular uma uma rede de tráfico de drogas que atuava em várias regiões administrativas do DF vendendo cocaína, cetamina, metanfetamina e maconha. A investigação revelou que a “Gangue do Padê” utilizava plataformas digitais para facilitar o contato com usuários e adotava o pagamento via Pix, ampliando sua rede de distribuição.
Segundo investigações conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), os suspeitos cadastravam contatos com apelidos e nomes vinculados às substâncias comercializadas, uma tática para despistar investigações e dificultar a identificação de membros. A coluna apurou que o apelido “Padê” era usado como código para se referir a porções de cocaína. Boa parte das drogas era consumida em festas LGBTQIA+.
A operação, que durou cerca de 10 meses, conta com a participação de mais de 60 policiais, incluindo equipes da Divisão de Operações Especiais (DOE) e cães farejadores. As equipes cumprem seis mandados de prisão, além de busca e apreensão em diversas regiões administrativas, incluindo Samambaia, Ceilândia, Planaltina, Recanto das Emas, além do Entorno.
Durante a operação, três pessoas foram presas em flagrante, por armazenar entorpecentes com intenção de venda. Na ação, os policiais apreenderam porções de cocaína e maconha, inclusive, além de equipamentos usados na atividade criminosa, como balanças de precisão, celulares e máquinas de cartão de crédito.
Em um dos endereços, os investigadores encontraram várias porções de brownie aparentemente feitos com maconha. A apreensão ocorreu em uma quadra da Asa Norte, ao lado de onde policiais da 9ª DP (Lago Norte) apreenderam “brisadeiros”
Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, cujas penas podem chegar a até 25 anos de reclusão..