Suspeitos teriam envolvimento com facção criminosa e seriam fornecedores de drogas do grupo. Mandados são cumpridos no DF e 7 estados.
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), uma operação contra uma organização criminosa suspeita de tráfico de droga e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, a organização estava envolvida no transporte de grandes quantidades de cocaína da fronteira do país até o DF.
Os suspeitos teriam envolvimento com facção criminosa e seriam os principais fornecedores de drogas do grupo. Os agentes cumpriram 80 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária no DF, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará. A Justiça determinou ainda o bloqueio de cinco imóveis e 20 veículos de luxo, que teriam sido comprados para ocultar os valores recebidos por meio ilegal.
As investigações apontaram que o grupo realizava transferências frequentes e de altos valores. Esse dinheiro teria sido repassado por outros traficantes do DF, Entorno e de outros estados, além de suspeitos de envolvimento com crimes violentos e tráfico de drogas.
A operação envolve 300 policiais e tem a colaboração das policiais civis dos estados onde estão sendo cumpridos os mandados, além da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Receita Federal.
Investigação
Segundo a Polícia Civil, o suposto líder do grupo já foi alvo de outra operação da corporação. Ele foi investigado quando ainda “atuava como batedor de carregamentos de drogas”. Em 2013, o investigado foi preso com mais de mil comprimidos de ecstasy.
À época, ele e outras quatro pessoas foram condenadas por associação em “tráfico ilícito de drogas interestadual. Eles atuavam na compra, venda, transporte, armazenagem e distribuição de drogas entre “Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e o Distrito Federal, notadamente cocaína e drogas sintéticas”.
A Polícia Civil afirma que, entre a prisão e este ano, o suspeito se envolveu com uma facção criminosa da capital, se tornando um dos líderes e um “traficante milionário”.
Os investigadores encontraram “vínculos concretos” do suspeito com uma facção criminosa paulista, a partir de transações feitas por conhecidos laranjas identificados como “contas caixas” do grupo de São Paulo.